Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Eu, a Leitura e a Escrita


Minhas memórias literárias...
Por morar na roça, em local que não havia Escola, meus primeiros contatos com a Literatura foram pela oralidade. Minha mãe era uma contadora de histórias. Meu pai sempre relatava suas memórias e seus diários de viagens. Uma irmã mais velha também contava histórias da Carochinha, A Moura Torta, Maria lavou pé, lavou mão e já foi se deitar! Ah, meu príncipe encantado... De forma que sempre tive ouvidos preparados para histórias, inclusive histórias fantásticas de Lobisomens reais que apareciam lá pela região onde residíamos. As pessoas garantiam que conheciam quem se transformava em noite de lua cheia. E os fogos fátuos que tanto nos apavoravam?! Não havia energia elétrica no município.

Quanto ao letramento... A velha e boa Carta de ABC de cor e salteada, a Cartilha e o primeiro Livro. A aprovação era automática. Quem sabia ler ensinava ao próximo. Era quase lei. Rabiscava na areia do riacho minhas paisagens. Aos 10 (dez) anos conheci uma Escola de verdade. Fui morar na cidade com a irmã mais velha, a contadora de histórias, após seu casamento. Já havia desasnado. Fui matriculada na primeira série de uma Escola Pública. Mais tarde, no Ginásio, um colega adolescente que, poeta, declamador de poesias, sobrinho de um padre, tinha acesso à Literatura Escrita foi o meu guru literário. Foi através dele que teve sequência a minha via deleitora de leitura!

Artemísia, eu!