Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Passeio ao CC Marinha Do Brasil

          Passeando com nossos alunos no Centro Cultural Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro, visitamos o Navio Bauru e o Submarino, ambos da primeira guerra mundial, depois pela Baía de Guanabara com direito a guia, que tudo nos explicava nos mínimos detalhes.  Olhando sua beleza natural completada pela arquitetura da Ilha Fiscal, o MAC de Niterói, a Ponte Costa e Silva e mais alguns navios de guerra que lá se encontravam, próximo à Ilha das Cobras. Foi um passeio em navio também da primeira guerra. Pudemos ouvir um pouco da nossa História, a história do Último Baile do Brasil Imperial, que aconteceu na Ilha Fiscal, no dia 9 de novembro de 1889.
         Conversando com o meu colega, enquanto esperávamos a nossa vez, observo uns alunos que também passeavam por lá. Eram de uma aparência tão boa que me chamou a atenção. Todos eram meninos, blusa branca, sem muito destaque no uniforme. A qual Colégio pertencia, não identifiquei. Mostrei ao meu colega tudo o que havia observado e ele acrescentou: “Todos de pele branca. É de Escola Particular”. Depois ficamos sabendo que não eram de qualquer escola particular, eram do Colégio São Bento. Daí serem todos meninos, os gêneros não se misturam.
A aparência aí não enganou, era gente bem tratada e alimentada culturalmente. A cor da pele... Ah, a cor da pele, então porque é negro tem de ser pobre! Não posso acreditar, mas é verdade. Todos brancos! Pelo menos no grupo que lá passeava. Não conheço o universo do referido colégio para saber se todos são brancos, mas predomina a cor branca.
         O passeio foi muito interessante para todos nós. Somos da Zona Oeste, periferia do Grande Rio. Um certo aluno observou o ambiente e comentou em voz: “Olha como aqui é tudo limpinho!”  Aterro do Flamengo, tudo gramado, verde e limpo!
Aproveitei para mostrar para ele e demais colegas a necessidade de se cuidar bem do lugar onde moramos e não ficar esperando que os outros venham conservar para nós.
De volta à sala de aula, comentando e avaliando o passeio, percebi que alguns alunos também
observaram certos detalhes como o da cor da pele. O passeio foi agradável. O tempo estava ótimo para o passeio de “barco”!

domingo, 30 de outubro de 2011

Sinfonia de passarinhos

                          
         São cinco horas da manhã. Acordo, mas permaneço imóvel na cama, a ouvir a raríssima beleza que a Natureza nos oferece, apesar dos maus tratos e descuidos de certo seres que se dizem humanos.
Eles estão ali, comprometidos com nada. Sem obrigação nenhuma, fazendo sua alvorada. É uma mistura de sons e uma melodia. Enquanto eu a pensar, vou meditando e perguntando quem será o maestro dos passarinhos? Comparo aos humanos, quem os faz ter compromisso e responsabilidade para a cada manhã despertar tão cedo e cantar, cantar e voar alegremente sem nenhuma preocupação se a conta será alta, se terá alimento, se falta alguma coisa para completar a sua felicidade.
         Os humanos, ah, os humanos! Deveriam aprender dos passarinhos essa grande lição: Com nada ter de se preocupar e cantar e bailar e ser feliz... Mas não, primeiro pergunta o que vou ganhar com isso, quanto vou ganhar quem vai me pagar para que eu faça este trabalho?
Sei, somos mesmo muito diferentes dos passarinhos, eles têm casa, comida, roupa... Um pequeno quintal e uma humilde goiabeira, um pezinho de acerola, outro de amora, pronto, aí tem tudo. Moram, comem, dormem e é um luxo o seu viver.
Nós, não. Nós queremos mais, sempre mais. É justo. É certo. Faz parte do crescimento humano, sonhar, crescer, querer sempre mais e melhor, mas é importante que junto ao querer ter some-se o querer ser e tentar fazer-se maior e melhor a cada dia. Não melhor que o outro numa competição desmedida, desenfreada. Ser melhor que você mesmo, superar-se na humildade, na mansidão, na compreensão, no perdão, em tudo que o faça diferente do outro e aproxime da orquestra dos passarinhos. Que todo dia cumpra o seu dever sem tirar o outro do seu fazer ou do seu lazer que nos alegra e nos encanta, tornando a nossa manhã prazerosa para que comecemos bem o nosso dia.
         Que maestro teria tal paciência para ensinar com tanta sabedoria?
Há um pequeno vídeo chamado “The Birds Song Score” – (A Partitura dos Pássaros). É um vídeo muito simples. Quem nunca viu um bando de andorinhas pousando nos fios elétricos dos postes da cidade? É isso que mostra, acrescentando as notas musicais, entra a sinfonia.
Grandes musicais a cada manhã e não precisamos morar afastados ou em florestas para sermos agraciados com um novo espetáculo. Tiremos desta oportunidade uma nova lição: A humildade que nos faz crescer como pessoas que se dizem civilizadas.
Espero que apreciem o vídeo, porém, mais ainda a sinfonia dos passarinhos!
Artemísia


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um ano com palavras...

E mais palavras!
Tudo começou com uma bricadeira e um desejo de aprender.
Aprender a escrever!
É isso mesmo, aprender a escrever e trocar os escritos com outros curiosos e especialistas com as letras. Brincar de ser contista, cronista e poeta!
De escrever o que quiser sem preocupação com a verdade... Escrever!
Escrevi minhas memórias e minhas histórias...
Escrevi para ser feliz!
Um ano!
Parabéns a minha grande colaboradora Ilana e ao colaborador Israel.
Obrigada pelas quase três mil visitas a quem por aqui passou.
Nosso carinho.
Artemísia

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tia Bibi, a frase é esta:


"O escritor está sempre trabalhando em um livro, mesmo quando não está escrevendo". Antônio Callado

Andressa, que frase!
E eu estou sempre escrevendo, mesmo que não esteja trabalhando em um livro...
Mil beijos!

domingo, 23 de outubro de 2011

O Enigma da Praça


        Moramos em um bairro tranqüilo, onde as pessoas ainda se sentam pelas calçadas para conversar. Em frente fica uma praça onde há um campo de futebol e uma Escola Pública. Durante a semana há movimento, alunos passam, rapazes jogam bola. Ao lado, o Bar do Mário, onde há sempre pessoas jogando cartas, papeando, tomando uma cervejinha. Mas nessa noite, de clima ameno de primavera, a rotina foi outra. É sábado, não há alunos, nem cartas no Mário. O Bar está fechado? Talvez! Passam das dez horas, o silêncio é total e absoluto, mas de repente uns tiros como se fossem fogos. Não eram fogos. Não sabemos identificar que tipo de arma faz um barulho daqueles.
        Olha-se por cima do muro, meio escondidos, para ver o que esta lá fora, na Praça. Passam dois carros. Param, pessoas entram e vão, mas voltam. Há um terceiro carro parado, que disparou seu alarme na hora do tiroteio. Este carro é arrombado a pedrada. O alarme novamente dispara, mas logo é silenciado. Retiram dele alguns objetos, inclusive o estepe que levam para o outro carro que está bem próximo. Quem eram essas pessoas? O que faziam, é um enigma. Não se sabe.
        Quatro indivíduos, vestidos como gatos na noite. Não dizem que todo gato de noite é pardo? Roupas escuras, azuis, pretas, cinzas... Não identificamos a cor. Era tom escuro. Seriam policiais ou bandidos?! Não saímos do nosso canto para verificar de perto porque nunca se sabe o que está acontecendo.
Uma das curiosas ainda lamente: “defunto que é bom não tem!” Cruzes! Que é isso, menina?
Não, não vimos se havia morto. Ficamos só na curiosidade para saber o que estava acontecendo na tão sossegada praça.
Com certeza as conversas surgirão e todas as hipóteses serão levantadas, mas o que realmente houve lá é um enigma.
        Nessa noite perdi o Zorra Total. O Brasil se prepara para o futebol feminino contra o Canadá, são os jogos do Pan-Americano. E eu vou dormir. A rua no seu silêncio e alguns curiosos na esquina.
        Amanhece o dia como de costume. Um silêncio que só é cortado pelo canto dos passarinhos que vêm fazer a sua alvorada.
Levanto-me, vou direto olhar a Praça. Não há nada! Até o carro cujo alarme disparou, não está mais lá. Fora levado para onde? Terão incendiado? Nada se sabe, faz parte!
        Quanto à teoria do gato pardo de noite, isso era no tempo em que não havia energia elétrica, porque bem na hora de todo esse movimento um gatinho cruzou a rua e ele era bem branquinho. Não tinha como confundir. Ele não era pardo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

20 de outubro - Dia do Poeta


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
Nossa homenagem a todos que fingem ser poetas!

domingo, 16 de outubro de 2011

Aula de Poesia


Fui um dia dar lição
E fiz a coisa completa
Eu mostrei e dei noção
Para se tornar poeta.
Mas fiquei admirado,
Com esse cara danado
Que bem depressa aprendeu.
Hoje estou achando ruim,
O poeta Raimundim
Verseja mais do que eu.

Sua verve criativa
Lhe dá força e segurança
Se tornou um Patativa
Tá melhor que hélder frança.
Eu fui fazer um favor,
Pensei que era professor
Daquilo que ele queria.
Hoje falo e não me acanho.
Raimundim não tem tamanho
Mas cresceu na poesia.
José Hélder França
19-07-96 


Enviado por meu Amigo-"Professor"-Poeta
Raimundim Piau

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz Dia 15 de Outubro, Professores e Professoras do Brasil!


Dedicado especialmente ao Professor-Educador
João Edísio Bezerra.

15/10: Dia Do Professor


O professor, mais que outros profissionais, precisa alimenta seu espírito para realizar bem seu trabalho. Dá-lhe forças a consciência de que seu ensinamento sempre frutifica em seus alunos, de maneiras diversas, às vezes inesperadas e mesmo quando esquecido. Seu saber pode ser a luz que mostra caminhos novos. Sua postura e exemplo podem suscitar a busca incessante ou o desprezo pelo conhecimento, criar espíritos desanimados ou confiantes, mesmice ou renovação, ovelhas resignadas ou cidadãos participantes. Como semeador persistente, movido pela esperança, confia o professor que seu trabalho, mesmo se pouco reconhecido, pode despertar no deserto o desejo de se transformar em jardim.

Paulo Pozzebon
Universidade São Francisco

Professor


Perdoa, mestre perdoa
Se só lembro de lembrar
Do seu esforço supremo
Do seu jeito de se dar
No momento em que a vida
Me põe à prova a coragem
Vem então como um cajado
Pra me dar sustentação
A lembrança de palavras
De gestos ou comparação
Que me faziam entender
O poder de conhecer
que com ajuda e carinho
Quando sem saber o rumo
Me ensinou novos caminhos
às vezes, não é o tema
Nem a matéria o que importa
Mas, a forma que aproxima
Que motiva a disciplina
O afeto de quem cede
Muito do seu conhecer
E enquanto vive pra dar
Descobre que ensinar
É a arte de aprender.

Maria Rosa Alves

*Nenhum país poderá ser uma potência sem valorizar sua cultura (Maria Rosa Alves)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Antes e depois do casamento




Ele:- Finalmente. Custou tanto esperar por este momento.
Ela:- Você quer que eu vá embora?
Ele:- Não! Nem pense nisso..
Ela:- Você me ama?
Ele:- Claro! Muito, muito!
Ela:- Alguma vez você já me traiu?
Ele:- NÃO!!!
Ela:- Me beija.
Ele:- Evidente! Sempre que possível!
Ela:- Você seria capaz de me bater?
Ele:- Você está doida! Jamais!
Ela:- Posso confiar em ti?
Ele:- Sim.
Ela:- Querido!

Depois do casamento...
.
"Agora Ler de baixo para cima"

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Depressão "a dor da vida"


DICAS PARA PREVENIR:
1) Deixar de culpar-se, analisar as próprias ações com calma e objetividade.
2) Fazer atividades físicas: caminhadas, passeios de bicicleta, corridas, natação etc. Manter o corpo em movimento.
3) Controlar e observar a alimentação.
4) "Rir é sempre o melhor remédio". O riso dosa o convívio com a tensão. O bom humor tem um grande potencial terapêutico.
5) Chorar também faz bem. Se tiver vontade, não reprimir isto ajuda a dissolver ânsias e tensões.
6) Procurar criar e conhecer ambientes novos. Mudar as cores, os quadros, a posição dos móveis, ajuda.
7) Engajar-se em trabalhos voluntários, pois isto aumenta a auto-estima.
8) Não se fechar no próprio mundo. O melhor caminho é amar sempre.

Pe. Léo Pessini, Camiliano
São Paulo/ SP

*O intuito de colocar esse texto no blog, é porque já tive depressão e recentemente perdi uma grande amiga de infância, e tem um amigo dessa mesma turma que está no começo de uma depressão, e esse texto vem alertar sobre como prevenir esse mal que tanto nos tem afligido nos dias atuais.

TROVAS PARA A FAMÍLIA


1
Fale, chame sempre: Pai!
Nunca esqueça a sua lembrança.
Palavra meiga é papai.
É linda como a esperança!

Elza Meirelles Chola
Mogi das Cruzes /SP
2
Tem as mães uma ternura
Que ninguém mais tem por nós;
Sabem sorrir na amargura
E nunca nos deixam sós...

Maria Thereza Cavalheiro
São Paulo /SP
3
Filhos, sempre são divinos
Vivendo com emoções,
Qual badaladas dos sinos
Que ressoam nos corações.

Agostinho Rodrigues
Campos dos Goytacazes /RJ

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PAPAI... Quanto me amas?

No dia que nasceu nossa filha, meu marido, não sentiu grande alegria.
Por que a decepção que sentia parecia ser maior do que o grande conhecimento de ter uma filha.

Ah!!! Eu queria um filho homem:_Lamentava o marido!
Em poucos meses ele se deixou cativar pelo sorriso de nossa linda Carmenzita e pela infinita inocência de seu olhar fixo e penetrante, foi então que ele começou a amá-la com loucura.

Sua carinha, seu sorriso não se apartavam mais dele. Ele fazia
planos sobre planos, tudo seria para nossa Carmenzita.

Numa tarde estávamos reunidos em família, quando Carmenzita perguntou a seu papai:

Papi,... Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente? Ele lhe respondeu: Meu amor, você tem apenas sete aninhos não lhe parece que falta muito tempo para essa data?

Respondeu Carmesita:

Bem Papi,... Tu sempre diz que o tempo passa voando, ainda que eu nunca haja visto por aqui.

Carmesita já tinha quatorze anos e ocupava toda alegria da casa, especialmente o coração de seu papi.

Num Domingo fomos à igreja, Carmenzita tropeçou, seu papi de imediato agarrou-a para que não caísse...Já sentados nos bancos da igreja, vimos como Carmenzita foi caindo lentamente e quase perdeu a consciência.

Seu papi agarrou-a e levou imediatamente para o hospital.
Ali permaneceu por dez dias e foi então quando lhe informaram que Carmenzita padecia uma grave enfermidade que afetava seriamente seu coração.

Os dias foram passando, seu papi renunciou a seu trabalho para dedicar-se a
Carmenzita. Todavia, eu sua mãe, decidi trabalhar, pois não suportava ver
Carmenzita sofrendo tanto.

Numa manhã, ainda na cama, Carmenzita perguntou a seu papi:
_ Papi? Os médicos te disseram que eu vou morrer?
Respondeu seu papi.
_ Não meu amor... Não vai morrer, Deus que é tão grande, não permitiria que eu perdesse o que mais tenho amado neste mundo.

Perguntou Carmenzita:
_ Quando agente morre vai para algum lugar? Podem ver lá de cima sua família? Sabes se um dia podem voltar?

Bem filha,... Na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, onde eu estiver buscarei uma
maneira de me comunicar contigo, e em última instância utilizaria o vento para te ver.

O vento?E como você faria?

Não tenho a menor ideia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer, sentirás que estou contigo, quando um suave vento roçar teu rosto e uma brisa fresca beijar tua face.

Nesse mesmo dia à tarde, fomos informados pelos médicos que nossa
Carmenzita necessitava de um transplante de coração, pois do contrário ela só teria mais vinte dias de vida.

UM CORAÇÃO!
ONDE CONSEGUIR UM CORAÇÃO?
UM CORAÇÃO! ONDE, DEUS MEU?
Nesse mesmo mês, Carmenzita completaria seus quinze anos. E foi numa sexta-feira à tarde quando conseguiram um doador. Foi operada e tudo saiu bem.

Carmenzita permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma só vez seu papi foi visitá-la. Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.

Ao chegar em casa Carmenzita com ansiedade gritou:
_ Papi! Papi!... Onde tu estás?
Eu sai do quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe:
_Aquí está uma carta que seu papi deixou para você.
"Carmenzita, filhinha do meu coração: No momento em que ler minha carta, já deve ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram. Não pode imaginar
nem remotamente quanto lamento não estar a teu lado neste instante.

Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da pergunta que me
fizestes quando tinhas sete aninhos e a qual não respondi.
Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria por minha filha... Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, para
que faças com ela o que queiras.
Vive filha!! Te amo com todo meu coração!!
“Carmenzita chorou por todo o dia e toda a noite;
No dia seguinte foi ao
cemitério e se sentou sobre a tumba de seu papi;
chorou tanto como ninguém poderia chorar.
" Papi,... agora posso compreender quanto me amavas eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora
compreendo a importância de dizer-te
"Te Amo" e te pediria perdão por haver guardado silêncio

Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíram
algumas folhas e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de Carmenzita, olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seu rosto, se levantou e voltou para casa.

Autor desconhecido


É proibido chorar viu? O vídeo é lindo demais!

domingo, 9 de outubro de 2011

MUNGUNZÁ (MUNGUZÁ OU MANGUZÁ)




INGREDIENTES:

01 quilo de milho descascado
Meio quilo de feijão
04 mocotós de porcos.
01 quilo de toucinho
01 quilo de costelinha de porco
Água suficiente para cozinhar o milho
Sal
Cheiro verde e cebolinha a gosto.

MODO DE FAZER

Colocar o milho descascado de molho, na véspera, para amolecer. Deixar o feijão de molho em água morna por duas horas. Em uma panela grande, colocar o milho, o sal e levar ao fogo com bastante água, sem mexer e deixar cozinhar por aproximadamente uma hora.
Escaldar os mocotós e uma parte do toucinho.
Em outra panela colocar o feijão, os mocotós e o toucinho, aferventá-los e em seguida colocá-los na panela, juntamente com o milho, e deixá-los cozinhando, sempre repondo a água até os ingredientes amolecerem.
Temperar as costelinhas e o restante do toucinho com sal e fritá-los até dourarem.
Após o mungunzá cozido, adicionar o cheiro verde e a cebolinha, deixar ferver um pouco, salpicar com parte das costelinhas fritas. Retirar do fogo e servir quente com pedaços de carne de porco torrada (frita).

DICAS:

Se preferir, acrescente o pequi para dar um sabor especial.
O mungunzá é uma refeição forte e nutritiva do povo sertanejo.


*Receita do livro: "SABORES DA NOSSA TERRA um registro da culinária típica de Várzea Alegre Pag. 19

sábado, 8 de outubro de 2011

Curtas e Curta com o Beijo.


O beijo dado com amor
é gostoso degustar
o beijo de qualquer jeito,
é bom para aliviar.


Beijo na testa acaricia
beijo na mão é respeito
beijo na face é ternura
beijo na boca é afeto.


Liduina Belchior

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O TEMPO


Deus pede estrita conta do meu tempo,
É forçoso do tempo já da conta;
Mas, como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo!

Para ter minha conta feita a tempo
Dado me foi bem tempo e não fiz nada.
Não quis sobrando tempo fazer conta,
Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis esse tempo em passa-tempo:
Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas, ah se os que contam com seu tempo
Fizessem desse tempo alguma conta,
Não choravam como eu o não ter tempo.

Laurindo Rabelo

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Santo e pecador

        Dons, sei que tenho vários ou todos, mas não se pode querer ou ter  o privilégio de desenvolvê-los todos. Dons ou as múltiplas inteligências? Tenho mais de um dom e com certeza mais de uma inteligência. Porém, gostaria de tê-las desenvolvido para servir melhor ao meu semelhante, ao meu próximo.
        Para deixar alguma mensagem escrita, gostaria de escrever bem, claramente, objetiva, dizer maravilhas que fizessem o outro melhor. Ter sempre bons pensamentos. Ser humilde, acolhedora e gentil, fazendo o bem, em troca de nada. Penetrar o interior sem causar danos. Transformar mentes em equilíbrios. Mostrar a força que há lá dentro, quando se quer, se pode. Fazê-lo ver o quanto temos de capacidade desperdiçada. Mas não consigo ser exemplo. Não transformo. E me pergunto o que está errado em mim? Por que não posso ser mais sensível e transmitir p meu verdadeiro eu ao outro. Mostrar-me, desnudar-me por inteiro em energias e tocá-los mais profundamente. Era o que eu mais queria. Tocar, com o pensamento, o pensamento do outro, mostrar caminhos e fazê-lo seguir. Ser meiga, mansa e humilde de coração. Ser Tereza, Dulce, Gandhi... Quanto exemplo temos! Gostaria de ser mais um.
        É muita pretensão querer. Ser é maior ainda, mas querer e ser é p que me falta. Tenho tempo, estou aqui, posso! “Tudo posso, Naquele que me fortalece”. Posso se quero e eu quero.
        “Eu quero ser como o barro na mão do oleiro, rompe-me a vida faz-me de novo...”
        Eu posso! Eu sou um vaso novo! E vou servir um gesto, uma ação, um sorriso, um carinho, em troca da vida e da alegria do meu irmão. Diminuir sem anular-me, esconder-me sem ser invisível, ser transparente transpondo barreiras. Consciente do meu egoísmo ao desejar tudo ser, portanto, não desejo, sou. Sou santa e pecadora. Mais pecadora que santa.
        Aprendi a chamar de Deus essa força que move o mundo, que nos conduz. Entrego-me por inteiro a Ele e espero que seja feita a Sua Vontade.
        Quando era jovem, ao me aborrecer, queria ser santa e tomava atitudes radicais, pensando que santidade era isso. Hoje compreendo que somos santos e pecadores e que é mais fácil ser pecador que santo. Porque para ser pecador não exige sacrifícios. Peca-se, segundo o nosso saudoso Padre Mapelli, com os olhos, ouvidos, nariz e boca, além de pensamentos, atos e omissão. O que é uma grande verdade. Para ser pecador, basta nascer. Para ser santo há que se desprender de tudo que nos faz pecar. É uma outra dimensão, mas aqui, com os pés em terra. Despido de ganância e de egoísmo. Até do desejo de querer ser. Por isso peço ao Deus de bondade e misericordioso que me dê sabedoria, entendimento, discernimento para compreender qual é a Sua Verdadeira Vontade. Purifica o meu Coração. Faz-me mansa e humilde. Desentorta esta árvore. Sou tua.

Artemísia

domingo, 2 de outubro de 2011

Deus ou Natureza


Sou filho da natureza
Eterna sabedoria
Esta fonte de energia
Deste céu e redondeza
Este espaço de largueza
De onde alguém partir
Por mais que possa seguir
Sempre fica no meio
Por mais que faça rodeio
Não pode dele sair.
É um mistério profundo
Esta lei da criação
Tudo em movimentação
Os astros e nosso mundo
Diz a história segundo
Que a suprema divindade
Com seu poder e vontade
Fez esta imensa grandeza
Que chamamos natureza
Deus ou eternidade.
Que existe Deus é verdade
Eu vejo no pensamento
Neste vasto firmamento
Em sua profundidade
Na lei da eternidade
Que encerra tudo assim
Bom médio e ruim
Dando a tudo condição
Na obra da criação
Cada coisa para um fim.
Deus é este poder
Que o universo domina
E cada astro combina
No espaço a se mover
Sua órbita percorrer
Em grande velocidade
Forma a lei da gravidade
De mudança e rotação
Tudo em certa direção
Obedecendo a vontade
Deste poder eterno
Onisciente e criador
Que deu o perfume à flor
E fez o amor materno
O coração meigo e terno
De uma esposa fiel
O homem de bom papel
Honesto e de confiança
O riso de uma criança
Que tem doçura de mel.
Uma célula se movendo
Já lutando pela vida
Com óvulo sendo unida
O útero lhe acolhendo
Aonde fica vivendo
Se alimenta sem comer
Sentindo gosto e prazer
E calmamente descansa
E uma linda criança
Com nove meses nascer.
O uirapuru que canta
Com uma fascinação
Chamando tudo atenção
Macaco veado anta
Sua harmonia é tanta
Que domina a passarada
Fica em derredor calada
Ouvindo a linda seresta
Do músico da floresta
Como uma coisa encantada.
Uma abelha tão pequena
Sem livro sem instrução
Sem ter uso de razão
Voa no campo serena
E sem precisar de pena
Do homem foi professora
Do mel sendo autora
Mostrou mais inteligência
De onde vem a ciência
E da mente criadora
A água criadora
Sem um segundo parar
Se balançando no mar
E pelo aquecimento
Sobe para o firmamento
Até certa região
Por meio da condensação
Em chuva se transformando
Ao oceano voltando
Fazendo a circulação.
Este mistério da morte
Que não respeita ninguém
Leva sem olhar a quem
Que seja fraco ou forte
E não depende de sorte
Sua justiça é legal
Seguindo a lei natural
Cumprindo com seu dever
E não existe poder
Para dela ser rival.
Mas de cem mil anos luz
Pra via-láctea atravessar
E quando ela passar
Outra galáxia reluz
Nos confins dos céus azuis
Milhões de estrelas brilhando
O espaço assim mostrando
O cosmos em sua grandeza
E o poder da natureza
Os homens desafiando
Tudo isto é Deus
Aos homens se manifestando
O crédulo está notando
Todos os prodígios seus
Só os bobos dos ateus
Em sua louca presunção
Desobedecem à razão
Descrendo nesta verdade
Dos feitos da divindade
Na obra da criação.
MIGUEL ALVES DE LIMA. (Miguel DelFonso das Panelas)
Poeta varzealegrense