Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Somos Valorizados?


Alunos valorizam
os artistas da terra?
ou só querem a nota
no fim do mês ganhar
será que eles realmente
conhecem e admiram os trabalhos
dos artistas da terra?

amor a pátria?
amor a cidade?
é a semana do município
e o que esperam
a nota do bimestre ganhar

somos artistas
mas conscientes
que valor só temos
quando ao fim do mês
os alunos nos procuram
para a nota do bimestre ganhar

Israel Batista

Se Viemos À Escola, Viemos Para Aprender


Somos bons educando?
Analise para saber
Dar exemplos é nosso intuito
E o nosso grande dever

Se viemos a escola
Viemos pra aprender


Temos que nos comportar
E bom aluno chegar a ser
Escutar as tele aulas,
Isto digo pra valer

Se viemos para escola
Viemos para aprender

As dinâmicas apresentarem
E o silencio se fazer
Será que não tem condições
De isto acontecer?

Se viemos a escola
Viemos para aprender

A participação é pouca
E só vejo o fuzuê
Um se matando de falar
E outro sem querer saber

Se viemos a escola
Viemos para aprender

Quem isto escreveu
Interesse nele ninguém vê
É bom que ele se esforce
Para bom êxito obter

Se viemos a escola
Viemos para aprender

Este recado serve
Para todos que aqui estão
Que neste instante ouviram
Prestando muita atenção.

Bons cidadãos se formam
Através de dedicação.


(pensamento)

A educação se desenvolve através de uma troca de conhecimento, do educador para o educando. E nesta troca recíproca de experiência, há evolução de ambos, na busca de uma cidadania mais sólida e humana. Israel Batista

Quando eu fiquei sem roupa em Maricá

        Maricá é uma cidade litorânea, cheia de lagoas, no Estado do Rio de Janeiro. Bonito lugar para se viver um carnaval. Fiquei sem roupa e me senti nua!

        Era carnaval, estávamos na casa de uns primos.  E a folia acabou. Parte do grupo retornou ao Rio de Janeiro. Fiquei, esticando mais um pouquinho a temporada de descanso. Ao procurar minhas roupas para uma eventual troca... Onde estão as minhas roupas? Minha mãe, voltando para casa, levou junto a minha mala. Levou tudo! Foi quando fiquei sem roupa em Maricá! A minha sorte é que eu estava com um grupo muito divertido, que tudo resolvia na esportiva. Logo tratou de me vestir. Pegou roupas emprestadas com quem estivesse por perto. Nem sei de quem eram tantas roupas que me apareceram. Fiquei o resto da semana muito bem vestida. Curtindo o clima da praia e do carinho aconchegante do pessoal.

       Aproveitei para sentir a sensação do nada ter. Tirei lições que a vida nos oferece em momentos como este. Nua de vaidades, egoísmos, preconceitos. É um nada ter com que se preocupar. Vem a consciência de que na vida tudo se resolve. O pânico de estar nu passa e a vida continua.

       De volta as casa dos primos neste fim de semana, em Realengo, retiraram do fundo do baú esta história que se passou há uns dez anos. Eles não esquecem. Esse pessoal ri de tudo e de todos. Imagine a minha situação. Tive de enfrentar com a maior cara de felicidade...



                                Dedicado a Ilana, com um sorriso enorme!

                                                           Artemísia



      

         

  

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

1º selo do Palavras, palavras...

Mais de 2000 visitas!
Em reconhecimento a seu carinho, trouxemos este presente:




Nosso primeiro selo!
Leve um pra você!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

25 de agosto de 2011!

Aniversário da primeira pessoa mais importante da minha vida:
             EDVIRGENS ALVES DE CARVALHO
Noventa e quatro anos! Parabéns! E muitíssimo obrigada por sua existência,
seus exemplos e seu modo simples de viver.
Parabéns, Mãe e muita paz!
Artemísia e família de muito longe!

Uma oração

Jorge Luis Borges

Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.

Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Quando chegar


Quando chegar aos 30
Serei mulher de verdade
Nem Amélia nem ninguém
Um belo futuro pela frente
E um pouco mais de calma talvez


E quando chegar aos 50
Serei livre, linda e forte
Terei gente boa ao lado
Saberei um pouco mais do amor
E da vida - quem sabe


E quando chegar aos 90
Já sem força, sem futuro, sem idade
Vou fazer uma festa de prazer
Convidar todos que amei
Registrar tudo que sei
E morrer de saudade.


Martha Medeiros

Em Defesa da Vida



Nunca leve arma na mão,
quando for para a floresta;
Não queira fazer a festa
Atirando num cancão,
Ou mesmo num gavião,
Por ser um rapinador,
Nem num gentil beija-flor,
Pequenino porém rei,
Da flora obedeça à lei,
Não queira ser caçador.

Não assassine animais
Que vivem na liberdade
Gozando a felicidade
Num santuário de paz,
Não os persigas jamais...
Tem o peba ou o castor
O mesmo pai criador.
Então seu instinto freie,
Da flora obedeça à lei,
Não queira ser caçador.


Edésio Batista





quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Os Dois Lados


Os dois lados de tudo
Conheço os dois lados teus.
O de fora fala muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora se mostra muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora vê muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora busca muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora quer muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora clama muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora passeia muito.
O de dentro muito pouco.
O de fora gosta muito.
O de dentro muito pouco.
Teus dois lados os conheço. E observo que são contrários completos, percebeu?


Rosemary Borges Xavier

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Guia Fiel


     Sempre fui descuidada em guardar datas. Vivendo o presente. Nunca sendo tão presa ao passado ou ao futuro. Sonhos, a gente sempre tem, são nossos objetivos. E a lembrança, do que fica na memória, às vezes escapa e os detalhes se perdem. A culpa foi minha por não ter o hábito de registrá-las. Não compreendia a sua importância.
       Tentarei ser fiel aos fatos, nesta história que narro para os meus filhos.
       Chico de Sátiro, meu pai, era um apaixonado pelo campo, pelo canto de um vaqueiro, um aboio, um gibão e um chapéu de couro. Era um boiadeiro, um vaqueiro, não um fazendeiro. Tinha lá suas poucas vaquinhas. Sempre cuidadoso, nos orientava como conduzir um animal amarrado a uma corda. Dizia que não se deveria enrolar a corda na mão. Tanto ensinou aos filhos e não eram poucos, que um dia esqueceu a lição. Não sofria de Alzheimer. Nem esclerose múltipla. Não tinha nenhum problema com saúde mental. Foi descuido ou esquecimento, é natural, quase oitenta anos...
        Pois bem, residindo no sítio Bravas, município de Cariús, sertão cearense, conduz de sua casa para a roça um pouco distante, um garrote amarrado por uma corda, cuja corda enrolada em sua mão. Já ia longe, não se sabe bem porque, o garrote puxa o seu condutor, derruba e o arrasta mato adentro. O braço deslocado, o olho quase furado pelos tocos, por quem chamar não havia. A quem pedir socorro, impossível. Roça deserta, estrada vazia. Era uma época de muita história e havia alguns ladrões, bandidos perigosíssimos, escondidos pela redondeza.
        Acaso passava bem próximo um afilhado seu, que nem se quer tomou conhecimento do ocorrido. Ao ouvir os gemidos, tratou de correr no sentido contrário, de tanto medo.
       Meu pai e sua dor. Quase sem enxergar direito, a visão embaçada. Via apenas um vulto a sua frente, a guiá-lo. Arrastando o braço e se arrastando seguiu, por uns três quilômetros, aquele vulto branco, que o conduziu até o seu doce e abençoado lar. O vulto foi aquele amigo fiel que não o abandonou na estrada, o seu cachorro.
       Chegando a casa, levaram-no à cidade de Várzea Alegre, onde o seu filho Raimundo, médico da cidade, fez o curativo e recolocou o braço.
       Esta história ele contava como se fosse uma cena de filme de comédia, mas foi uma cena de muito amor, coragem e fidelidade, onde o herói não foi a vítima, mas o cachorro, guia fiel.

           (Ao meu pai: Chico de Sátiro)
                      Artemísia

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Várzea Alegre é Assim



Várzea Alegre é alegre
É festa o ano inteiro
Mas quando chega agosto
Ela ganha novas cores
A cidade se enfeita
e se enche de amores
Para acolher toda a gente
Revelando seus valores
Há quem vem de muito longe
Reencontrar a cidade
Ver barraca e barracão
Apreciar a cultura
Deste povo hospitaleiro
Ninguém esquece esta data
celebrada com encanto
É festa do Padroeiro
É Várzea Alegre de canto a canto.

O afago da chuva


Chuva chorosa
Chuva cheirosa
Com cheiro de rosa
Molhou semente
Aqui de repente
Fez ver que a gente
Tão logo sente
Que chuva partiu
Então me pergunto:
Por onde caiu?
Lá dentro de um rio
No imenso vazio
Quem sabe seguiu
Um curso sombrio
De um olhar tão frio

Rosemary Borges Xavier

Várzea Alegre com S de Saudade

Várzea Alegre, uma cidade riquíssima no cultivo do arroz, e também muito conhecida nacionalmente pelos contrastes, que Zé Clementino sabiamente reuniu numa canção e Gonzagão decantou, e com isso nossa cidade ficou conhecida nacionalmente, por TERRA DOS CONTRASTES. Mas como toda cidade interiorana, ela não apresenta condições de empregos para segurar os seus jovens na terrinha, com isso a maioria deles emigram para o sudeste, principalmente São Paulo, em busca de suas sobrevivências.
Nossa historia começa com uma senhora que volta a sua terra, e trás consigo uma amiga para conhecer a sua terra natal, e com o coração explodindo de saudades e amor, desce na rodoviária, e em quanto espera o táxi, ela conta a sua amiga as riquezas culturais do seu torrão natal.
- Nossa terra é abençoada culturalmente, cada pessoa traz dentro de si, a alma de artista, tudo espontâneo.
- Me conte mais sobre essa cultura.
- Nossa! Eu passaria o dia todo, lhe contando as maravilhas de nosso povo.
- Fale-me ao menos de um.
- Bom, aqui teve um sanfoneiro que animava as nossas noites.
- Qual era o nome dele?
- Bié. Ele com seu fole, acompanhado de Expedito do pandeiro, animava a todos.
- Mas ele tocava bem mesmo?
- Tocava! Eu tenho uma fita cassete sua, é o único registro dele, depois eu te mostro.
- Legal, quero ver, mas me fale de outro.
Teve aquelas figuras anônimas que nos alegrava muito o nosso cotidiano.
- Quem, por exemplo?
- Xixica, que o povo apelidava de Chica do Rato, Lulu e a sua bola de futebol, tudo inofensivo, não fazia mal a ninguém, o único mal é ser diferente.
- E porque você acha que faz parte da cultura?
- Porque Pelo seu jeito diferente, ele fica marcado, ser artista é ser diferente. Se tem problema mental, se diferencia de nós, mas seu jeito peculiar, nos marcam completamente.
- Nisto concordo com você. Fale-me de outros.
- Teve o padre Otávio, que ficou conhecido pelo padre que era casado. Na verdade ele casou duas vezes, enviuvou de ambos, então optou em ser padre.
- É eu já ouvi falar nele na canção. Sim, e esta história de Jesus intimado?
- Olha, era o nome do fotógrafo da cidade, ele arrumou uma contenda, creio eu, e foi intimado a ir à delegacia.
- Agora entendi, sim e o autor dessa canção é de Várzea Alegre?
- É sim, Zé Clementino, ele é considerado o maior compositor de nossa cidade, tem mais de sessenta músicas gravadas, da qual tem oito com o rei do baião Luiz Gonzaga, e tem mais e o autor de nosso hino, autor também do hino do Ibicatu, Canindezinho e do Riacho Verde.
- Deve ser bom mesmo! Preciso revisitar a sua obra. Mas ainda têm outros na música?
- Com certeza! Na MPB cearense teve um conterrâneo nosso que brilhou e bem, que foi Luiz Sergio, que nós conhecíamos por Serginho Piau, tocava um violão que era uma beleza, era meio rouco, mas era bem afinado, chegou a ganhar vários festivais a nível nacional.
- Nossa!
- Sim, e teve o Pedro Sousa, pense num sanfoneiro arretado! Ele tocava 23 instrumentos musicais com perfeição, mas foi na concertina que ele se esbaldou. Soube que fizeram umas homenagens pra ele pós-morte, mas espero que ainda lembrem dele, pois seu trabalho é belíssimo, foi o primeiro varzealegrense a gravar, ele gravou um compacto em 1967, que era intitulado. “Isto é que é forró.”
- Ele deve ter sido bem cultuado aqui no município não?
- Que nada, ele é considerado pela maioria como um simples tocador, desse mesmo jeito é o outro sanfoneiro, Chico de Amadeu, esse montou uma banda de forró ao lado de seus filhos, e animou festas em quase todo país.
- É já ouvi falar de festas dele lá no PATATIVA, em São Bernardo do Campo.
- Mas eu não podia deixar de falar no mestre Chagas, esse entendia tudo de música, praticamente quase analfabeto, era um maestro finíssimo, digno de grandes mestres que existe neste mundo afora, quantos discípulos ele deixou! Mas morreu na pobreza, esquecido musicalmente.
- Isto é inadmissível, mas mulher me conte mais de personagens folclóricos, ainda tem?
- Lógico que tem. Tem muitos, deixe-me ver se eu me lembro de outro... Ah! Tem o Tonico, Tonico tem uma história engraçada, ele foi participar de um show de calouro aqui no município cantando a canção Carolina de Gonzagão, e a galera não perdoou, aclamou como o primeiro lugar.
- Nossa que legal! Mas como assim primeiro!
- Bem, deve ter sido pelo seu resmungado, e a sua coragem de estar  enfrentando o público. Teve outro que não é personagem folclórico, mas era um verdadeiro artista, o nome dele era Zé Gonçalves, um violeiro aclamado em todo nordeste, que teve um programa de cantoria por mais de trinta anos, na cidade de Campina Grande na Paraíba. Só que ele nunca teve seu reconhecimento aqui no seu torrão.
- Uma lástima.
- Com certeza, olha um nome que hoje está em evidência aqui em Várzea Alegre, é Tibúrcio Bezerra, ele é o autor do design da bandeira do nosso município, e por sinal muito bonito, ele também escreve umas bonitas crônicas.
- Sabe querida, eu fico imaginando como é que uma cidade consegue sepultar culturalmente os seus ícones!
- É minha filha! O destino é cruel, ou melhor, a vida. Cada um desses personagens citados da nossa vasta cultura varzealegrense, não fugiu ao destino de todo mundo e de todas as coisas: esquecimento e destruição. Inexorável, implacavelmente. Para isso o tempo arrasta tudo. Mas eu soube que estão se levantando pessoas, com interesse de resgatar a cultura do nosso torrão, sei que isto é bom, porque povo sem cultura, é povo sem história.
- E o que deve ser feito, nesse resgate?
- Construir um museu com as peças desses personagens, colocarem quadros, livros, criados e compostos por esses artistas. Fazer uma galeria de fotos, para que os jovens venham conhecer esses heróis de nossa cultura.
- É! Isto é que é uma boa idéia, será que os governantes já pensaram nisto?
- Talvez! Veja lá vem o nosso táxi, vamos pra casa, e amanhã eu te levo pra conhecer as nossas riquezas naturais e culturais.



ISRAEL BATISTA



* Atendendo a alguns pedidos estou reprisando este texto fictício que criei mostrando um pouco a cultura de nossa cidade Várzea Alegre. Esse texto vocês também encontram no meu livreto intitulado com o mesmo nome.

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais


Vou parabenizar
Uma pessoa que vive
Somente para lar.


Lutando diariamente
Para o bem da família
Mesmo estando cansado
Demonstra muita alegria.


Carinhoso com todos
Cuidando do perigo
Sempre que pode
Ele brinca comigo.


Adoro o seu sorriso
Seu jeito sonhador
Neste domingo papai
Os parabéns são para o senhor.


Eu te adoro Papai,
Não envermelhe teu rosto
Hoje é um domingo especial
O segundo do mês de agosto.


Busque um sorriso papai
O dia hoje esta lindo
Não se preocupe com palavras
Adoro ver o você sorrindo


Desculpe-me meu papai
Por às vezes te desobedecer
Sabendo que eram conselhos
Recusei-me a entender.


Hoje estou convencido
Que fizesse tudo para eu crescer
Seus ensinamentos ótimos
Venho aqui te agradecer.


José Mendonça da Silva
(Bonança)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Amizade




Uma amizade não se completa só com a união de um grupo de pessoas, ou então, duas pessoas que andam sempre juntas, para mostrarem a sociedade a sua amizade.
Um amigo de verdade, é aquele que mesmo ausente do outro ou afastado de seu convívio, ajuda-o quando o mesmo necessita de um auxílio.




Israel Batista
16/11/98




*Mas uma raridade minha que encontrei, posto agora nem sei se é interessante mas coloco aqui vocês é quem decidem.

A Cruz

           (Dr. Sávio Pinheiro)

Deitada: dois pedaços de madeira,
Em pé: a logomarca do heroísmo,
No peito: o símbolo do cristianismo,
Na mente: uma lembrança verdadeira.

Na frente da igreja, essa bandeira
Expõe para os fiéis, o altruísmo,
Que varre da memória o egoísmo
E cria uma esperança alvissareira.

Não foi a cruz de malta, ou a bifurcada,
Nem mesmo a heráldica, ou a bordonada,
Que fez mudar o nosso pensamento.

E sim, a eterna cruz, ensanguentada,
Que pôs o Redentor na nossa estrada
Depois de tanta dor e sofrimento.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tributo a Zé Clementino


Nosso peito ainda sente
Da saudade a grande dor
Pois quem transmitiu amor
Se ausentou da sua gente
Toda Várzea Alegre sente
Um sentimento profundo
Esse pedaço de mundo
Chora por Zé Clementino
Autor da letra do hino
Da terra de São Raimundo

O seu nome era José
Do Nascimento Sobrinho
Para o povo com carinho
Era Simplesmente Zé
De mastruz se faz café
Frase da sua invenção
Escreveu com emoção
Aquilo que a alma sente
E convenceu muita gente
Que o jumento é nosso irmão

Para Luiz rei do baião
Ofertou grandes estudos
No xote dos cabeludos
Definiu uma tradição
Que só cabra do sertão
Aplaudiu e deu aprovo
José mostrou para o povo
A pura realidade
Que pro homem de idade
O remédio é capim novo

No estouro da boiada
O tangedor, homem franco
Foi dizendo, eu sou do banco
Numa saudosa toada
Botou o pé na estrada
Com vento, chuva e chuvisco
Enfrentando todo risco
Mas nunca desanimou
Quatro vaquinha levou
Para a fazenda curisco

Cada música uma mensagem
Dos assuntos fez rodízio
Até para Chico Anísio
José fez uma homenagem
Antes da última viagem
Fez músicas em todo tom
Fez xeemm e jeito bom
Mestre Lula o fez crescer
Sem querer aparecer
Apareceu por seu dom

Zé, você foi alegria
Não só dos varzealegrenses
Mas de todos os cearenses
Do Brasil que lhe aplaudia
E nós da secretaria
Que você foi estandarte
Vamos fazer nossa parte
Sem desvio nem atalhos
Divulgando o seu trabalho
Sua obra e sua arte

Por seu desejo espontâneo
De escrever coisa sincera
Acho que ainda não era
Pra adormecer o seu crânio
Nosso desejo instantâneo
De coração nordestino
É que nosso Deus divino
Ao nosso apelo atendesse
E para nós devolvesse
Com vida Zé Clementino

Sousa Sobrinho e Expedito Pinheiro

Lançado pela secretaria de Cultura de Várzea Alegre no dia 02/04/2005. Esse poema é muito lindo um verdadeiro tributo a esse grande ícone da nossa cultura o mundo tem que conhecer essa linda homenagem a Zé Clementino o maior compositor desse município.

*os nomes em negritos são músicas de Zé Clementino.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Luiz Sérgio, Rio Coração




(Sérgio Piau e Maurício Tapajós)

Luis Sergio Bezerra de Morais ou Sergio Piau como era conhecido, foi um dos grandes artistas que nossa terra já produziu pro mundo, tocava um violão com maestria que nos encantava de uma forma incrível. Filho de Pedro Alves de Morais (Pedro Piau) e Iracy Bezerra de Morais. Foi casado Com a Jovem Cleyre Menezes e com ela teve uma filha por nome Luciana. Eu no livreto que fiz em sua homenagem compus o seguinte poema

LUIZ SÉRGIO, RIO CORAÇÃO.

Você passou
Semeando amor
Através da canção
Canção esta
Que embalou
Os nossos sonhos
Sérgio piau
É o nome dessa saudade
Que alojou em nosso peito
E não quer sair
Tenho no peito guardado
Um lago fundo e imenso
De saudades, do nosso saudoso
Sérgio Piau
A sua música
Embala a nossa vida
Nossos sonhos
Seco de saudades
Mas que sempre é cheio
Com as águas
Do rio coração
Rio este que deságua
Sobre os meus olhos
Vermelhos de saudades.

Israel Batista

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nós Era Carne e Unha

Chica do Rato e Leila Diniz

No tempo do desastre aéreo que vitimou Leila Diniz, a comoção foi geral. A morte prematura da atriz virou manchete de rádio, revista e televisão no mundo inteiro. Em Várzea Alegre as pessoas também sentiram, pelo trágico que foi o acidente.
Francisca Farias Mota ( Chica do Rato ) demonstrando um sentimento maior. Usava vestido, luvas e véu preto e andava rua acima rua abaixo com uma página da revista Manchete onde tinha a foto da falecida.
Um certo dia ela chegou chorando na bodega de Alberto Siebra e pediu para que ele lhe fizesse um grande favor. Alberto perguntou qual era o favor:
- Oberto! Já que tu é tão amigo do Pade Mota e inté parece com ele, eu quiria qui tu pidisse a ele, prumode ele celebrar uma missa pra finada Leila, no dia trinta de abril.
Alberto notando que Francisca estava mais tam-tam da cabeça do que sentida falou:
- Dá certo não Chica! O Padre Mota está com a agenda cheia, esse mês de abril tem muita missa. Porque você não encomenda um terço pra ela na capela de São Vicente?
- Magina tu indoidiceu? A finada merece é uma missa, ela num era muié só prum terço
não.
- E tu conhecia a Leila Chica?
- Basta! E tu não sabia não? Apois nós era carne e unha. Tu sabia que ela era prima de Raimundo Diniz?
- Não.
- Apois era. Mais ou ome sem sintimento, a prima morreu quando acabar ele tá é passiando nas praias im Fortaleza, Diferente deu qui tou todo tempo me alembrando de quando ela vinha pra casa de Seu Zizué Diniz, qui eu mais ela ia tumar bãe dibacho das bica de jacaré na calçada da igreja e quando era de noite nós ia jogar xibiu lá na calçada da casa de João Bile.

Mundim do Vale

Você Precisa


Você precisa ver o mundo com outros olhos
Você precisa perder e encontrar
Você precisa reler os clássicos
Você precisa leu uma boa poesia
Você precisa ter amigos para existir
Você precisa deitar e rolar
Você precisa ter fé
Você precisa ter uma religião
Você precisa acreditar em você
Você precisa cantar, mesmo que desafinado
Você precisa visitar uma galeira de artes
Você precisa ver um bom filme
Você precisa ajudar alguém, mesmo sem saber quem o é
Você precisa perdoar
Você precisa visitar um doente
Você precisa sentir saudade
Você precisa ter contatos com a natureza
Você precisa beber para se lembrar
Você precisa que a vereda é estreita
Você precisa cativar o outro
Você precisa impressionar
Você precisa pular corda
Você precisa viver o agora
Porque tudo mais e por demais preciso.

Gilson Pontes

poeta e escritor cearense

domingo, 7 de agosto de 2011

Donzelas


Diana, Deyse desde daquele dia, deixaram de dançar discoteca, depois de Damiana dizer duas deduções discreta: dançar demais desgasta, descansar dependem delas.
Diana dorme, Deyse decora dever, Damiana diz descansada descansada deleitar de deidade do destino. Dias desses duas donzelas duvidaram de Damiana dizendo: "Damiana, diga duas declarações de delitos". Decepção! Damiana debochou das donzelas, decidindo definir depois.
Diana, Deyse, Damiana, damas da delicadeza, digo decididamente, deusas da devoção, dia-dia dividirei dúzias de dengos deliciosos, duvidas?

Israel Batista

sábado, 6 de agosto de 2011

AMIGO


Amigo é coisa difícil de achar,
Amizade, pelo tempo testada,
É raridade, fato a se exaltar,
É atitude a ser cultivada.
Amigo é suporte, é aliança,
É ombro, segredo e confiança.

Verdadeira amizade varre o tempo,
Enfrenta com firmeza as tempestades,
Não se ausenta nos contratempos,
Caminha junto pela eternidade,
Não some numa chuva de verão,
Ao outro se une, como os dedos das mãos.

Na adversidade não se está sozinho,
Tem-se sempre alguém com quem contar,
Alguém que nos compreende com carinho,
Que no nosso mundo entra pra ficar.
Quem na vida um amigo tem,
Deve ajoelhar-se, dizer amém!

Izabel Sadalla Grispino

*Ofereço esse poema a você Artemísia e a prima Ilana que se tornaram grandes amigas nesse mundo da blogosfera.

O INSETO


Lá vem o inseto
Inepto
Incorreto
A me picar

Me cubro
Descubro
E escuto
O seu zumbizar

Fico Intrigado
irritado
E picado
Sem poder me defender

Já tenho a solução
Ao inseto
Inseticida
Vou lhe oferecer.

Israel Batista

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Um Passeio Pelo Município De Várzea Alegre - Ceará



JOÃO GRANDE, um grande historiador da vida nativa. Ele já estudou as tribos: BACUPARI, GUARANI, CARAIBAS, PIRIPIRI e os PAUXITAS. A tribo CAIÇARA foi a única que ele não conseguiu pesquisar. Ele mora na SERRA DOS FURTADOS, casado com a jovem QUITÉRIA, morena bela e filha do viúvo JOSÉ GOBERTO, procedente do RECANTO.
Na manhã de fevereiro ele recebeu o comunicado da cidade informando-lhe sobre os empresários da ALEMANHA, que a verba para o município foi liberada. Este projeto é para despoluir as LAGOAS, COMPRIDA, DA PEDRA, DOS NUNES, REDONDA e LAGOA DE DENTRO. Ficando de fora a LAGOINHA por ser de adversários políticos. Por falar em lagoas, foi encontrado um GUARIBA morto na LAGOA DAS PANELAS, ele tinha marca de QUEIXADA no pescoço e arranhões por todo corpo de UNHA DE GATO.RUBÃO um jovem trabalhador, MAMELUCO convicto da VOLTA que este mundo dá. Antes ele era intrigado de AMARO e hoje são bastantes amigos. Sempre participam das quermesses de SÃO CAETANO, SÃO NICOLAU, SÃO MIGUEL, SÃO VICENTE e de SANTA ROSA. Mas eles se divertem mesmo é na festa de SÃO COSME. Já GABRIEL seu irmão é evangélico, só olha pra CRISTO REI e o BOM JESUS. Não se cansa de dizer que a melhor coisa que ele já fez, foi deixar o CAMINHO VELHO pecado e seguir rumo ao MUNDO NOVO da salvação. Antes ele era devoto de EXÚ, deus da mitologia africana.CHICO sofreu uma PICADA de abelha ARAPUÁ, quando estava cortando cana CAIANA na FAZENDA dos BARÕES, de repouso em casa ele fica ouvindo rádio nas ondas curtas, principalmente emissoras de BUENOS AIRES, cidade esta que sonhava quando criança em ir morar lá. Ele precisava ir ao OITIZEIRO olhar as plantações de OITIS. Mas depois desse imprevisto, ficou consciente que a vaca foi pro BREJO.Sei que é maravilhoso morar no campo, deve ser bom o clima de um PÉ DE SERRA, beber água no OLHO D’AGUA, comer JATOBÁ, se banhar na LAGOA SECA, invadir o POÇO CERCADO para tomar água, furtar alguns cocos no COQUEIRO. Mas como sou da cidade, vivo lutando e trabalhando para adquirir a minha FORTUNA. Para poder comprar um terreninho para morar. Quem sabe na CACHOEIRA DANTAS, DOS JESSÉS, DOS VITOS, DOS CAMILOS ou talvez na VACARIA, o importante é ir morar no campo.MEDEIROS é um cozinheiro e curandeiro descendente da tribo IPUTI, conzinha as comidas em PANELAS e CALDEIRÃO. Faz remédios caseiros de RAIZ, CIPÓ e de BANHA DE GALINHA, o mesmo é casado com uma MOÇA da VÁRZEA DE DENTRO. Costureira e tem uma mini-fábrica de TANGA e no final de semana ela sai vendendo pelo BARROCÃO, RIACHO VERDE, RIACHO FUNDO, MONTE ALEGRE, MUCURIPE e MELOSAS, são muito felizes, casado a TRINTA E DOIS anos em perfeita harmonia.JOSÉ ALVES, carpinteiro trabalha em SERRARIA e o seu instrumento inseparável é o SERROTE. Sempre recebe madeiras de PAU DA JUDA, POÇO DOS PAUS e do TAQUARI. Das madeiras recebidas se encontram: CAJAZEIRA, OITICICAS, BARAUNAS, AROIERAS, PAU D’ARCO e MULUNGU. Ele é especialista em fazer GANGORRA para as crianças brincarem.JOÃO RIBEIRO do UBALDINHO casou com SOCORRO e moram no NOVO JORDÃO. Ele plantou arroz, feijão e milho numa VARZANTE e o seu ROÇADO DE DENTRO do ARUCA é todo seguro, do lado tem um LOGRADOURO que é um PARAISO DOS CAVALOS, e a ainda tem muito gados e uma LAVRAS DE BORREGOS, nunca vi ter tantos animais.PACHECO agora é muito feliz depois que comprou a casa abandonada que achava ter FANTASMA, tinha lá uma botija, ele colocou as jóias dentro de um SACO e bem FECHADO, se mandou para o CANINDEZINHO e vendeu todinha, após pegou uma estrada de BARRO VERMELHO e comprou um SOBRADINHO ao lado de um POÇO COMPRIDO na MALHADA DO JUÁ. Lá tem uma mata de MUQUÉM, CARNAÚBAS, UMBURANA, CROATÁ e tem bastantes MOCÓS.Como é bom morar no JUAZEIRINHO! Sair pra caçar JABURU, GATO DO MATO, nadar na LAGOA DOS ORFÃOS, mas torcer para que as PIRANHAS não venham lhe morder. E quando for descer pelos BARREIROS, precisa contar com sua BOA SORTE, para que as abelhas SANHARÓ não venham lhe picar. Em vez de ficar rezando o seu ROSÁRIO de sofrimento é melhor ir trabalhar colhendo CARRAPATEIRA e ir vender para indústria de óleo. Para que se reclamar que seu MOCOTÓ está inchado com pretexto para não ir trabalhar, saibas que jamais sairá do FUNDÃO em que está metido, tem que lutar.Está havendo uma festa num dos ALTOS, não sei se é DOS GOMES, DOS CAETANOS, DOS ROMUALDOS, de SANTA ISABEL ou DOS ANDRÉS, enquanto o fole RONCA, chega gente da SERRA DOS CAVALOS, RIACHO DO MEIO DOS FIRMINOS, DOS CAMILOS e DOS LEÓS. A comida veio da VÁRZEA GRANDE e a bebida ficou dividida, o refrigerante veio das LAVRAS DOS ACELINOS, e a cerveja do UMARI DOS CARLOS. Só sei que esta festa está sendo bastante comentada em toda redondeza.Minha irmã é filha natural do UMARI DOS TRINDADES, e coincidentemente é casada com um jovem do UMARI DOS COSTAS, nesta EXTREMA alegria ele mora no GRAIADO, e não se cansa de admirar a BOA VISTA, seu esposo trabalha em CALABAÇA e ela no BREJINHO DOS FERREIRAS. Ela tem uma grande criação de CAPÃO. Meu cunhado mora no BAIXIO DOS PRIMOS e lá é um BAIXIO VERDE repleto de ARAÇÁS. E tem uma grande BARRAGEM com um BEBEDOURO para animais beberem água.Andando pela CHARNECA, avistei uma CAATINGUEIRA, e percebi que era uma CAATINGA GRANDE, porque não vi o fim. Chegando numa VARZINHA, bebi água numa COITÉ, na beira do AÇUDE VELHO, fiquei encostado em uma FORQUILHA lembrando dos meus parentes do BAIXIO DANTAS e do BAIXIO DO EXÚ, depois de muito pensar, avistei dormindo em cima de uma TIMBAÚBA uma velha CORUJA. Decidi prossegui viagem e do meu CANTO, notei que não dava para ir pela estrada do GRAVIÉ porque tinha um grande ATOLEIRO impedindo de atravessar, resolvi seguir no sentido das GAMELAS, para quando for à noitinha eu já esteja nas VARAS, pronto para dormir e descansar por mais um dia de vitória.Neste mundo em que percorremos, uma coisa ficou em minha mente, a UNIÃO que prevaleceu por todos os locais percorridos, vamos pedir a Deus para abençoar todo povo de VÁRZEA ALEGRE e dá muitas vitórias.
25/09/02


* TODOS OS NOMES EM DESTAQUES SÃO SÍTIOS DE VÁRZEA ALEGRE.

Israel Batista

*Um grande sucesso meu aqui no município quem não gostar paciência, eu escrevo não pra agradar a todo mundo, mas aos meus fiéis leitores, se não tivesse quem gostasse eu já teria parado, abraços a todos e desculpe-me o desabafo