Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


sábado, 4 de novembro de 2017

Dia do Professor!

Que todo dia é Dia do Professor não discordo, porque há sempre alguém ensinando e alguém aprendendo em todos os cantos do mundo todos os dias. Todavia é muita coincidência, se há outro nome não sei, você, professora, num dia 15 de outubro, Dia dedicado a Santa Teresa de Ávila, padroeira dos Professores, é reconhecida por alguém que um dia foi seu aluno...
Pois bem, ao entrar na condução, dirigindo-se ao bairro vizinho para uma reunião, às 9h  da manhã de um belo domingo, um jovem com sua latinha em mãos, bebendo lá sabe Deus o quê, olha para trás e ao Vê-la grita: “Olá, D. Francisca, como está a senhora?”
Comento baixinho com quem está ao meu lado: “Que legal, ele lembra que fui sua professora, mas não lembra o meu nome”. E a figura responde: “ Passei, a aprovação automática está aí pra isso.”
Calei-me, pois a bruxa ali era eu! Não era Halloween, mas havia mais jovens fantasiados. Não sei se de baile de fantasias, ou carnaval fora de época. O jovem, ex-aluno, saltou num ponto anterior ao meu.
Outro jovem começou a cantar um louvor a Deus... Vida que segue, pensei. Desci no meu devido ponto e segui pensando:
“Pobre jovem, não compreendeu que a aprovação automática deve ser a consequência do seu estudo, a soma de um novo saber aos seus saberes ou de novos saberes ao seu saber”.

Aprovação automática vazia, sem adição de novos conhecimentos apenas contribui para a reprovação que a vida se encarrega de oferecer também automaticamente! 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Quando carreguei o burro nas costas...

Era eu vinte anos mais moço, quando voltava a pé para casa pela estrada principal onde circulam os ônibus e outros veículos, inclusive carroças. Pois bem, vínhamos e a mulher conversando, quando estamos juntos não falta assunto. O que não percebemos, porque não temos olhos nas costas para vermos o que se passa atrás da gente, você sabe o que quero dizer.
Como estava falando, vínhamos andando e conversando distraidamente, quando senti um peso nas costas, havia uma leve inclinação na estrada e era uma esquina. Tentei segurar, mas senti que seria em vão por mais esforço que fizesse para sustentá-lo, eu é que estava sendo o burro de carga, levando uma carroça com seus dois burros nas costas!
O burro, animal irracional, sem controle do outro burro condutor, levou-me ladeira abaixo. A carroça rasgou minha camisa, minha pele e até hoje sofro as dores na coluna. Tudo isso para deixar de ser burro e querer levar dois burros nos ombros!

A mulher ri até hoje quando se lembra da cena. É porque não foi ela a carregar o peso do constrangimento de ser arrastado e machucado, inclusive por ela, a égua que ri desde aquele bendito dia ao entardecer, há mais de vinte anos!