Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de maio, 31 anos!

Para José Bezerra de Souza, o meu bem querer,
O meu Bem Amado!

O mistério do amor

(Cântico dos  Cânticos – 8,5-7)

Quem é essa que sobe do deserto
apoiada em seu amado?
Sob a macieira eu despertei você,
lá onde sua mãe a concebeu,
concebeu e deu à luz.
Grave-me,
como selo em seu coração,
como selo em seu braço;
pois o amor é forte, é como a morte!
Cruel como o abismo é a paixão.
Suas chamas são chamas de fogo,
uma faísca de Javé!
As águas da torrente jamais poderão
apagar o amor,
nem os rios afogá-lo.
Quisesse alguém dar tudo o que tem
para comprar o amor...
seria tratado com desprezo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

No Google com palavras

Quando entrei na brincadeira do Google e criei o “palavras” foi pensando em palavras que edificam, que elevam, que exaltam, que estimulam o pensar do outro, do que se der ao trabalho de  perde-ganhar tempo lendo.
Busco nas minhas memórias alguns pontos de partida.
Busco nas memórias dos outros algumas histórias vividas.
O Mundim do Vale se vale da sua inspiração e do dom criativo que Deus o cumulou. Eu busco até nas pedras que o louco jogava pontos de vista para minhas palavras.
Palavras sábias busco na Bíblia e nas experiências dos outros, para formar a minha opinião.
“A Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus.” João 1,1
“E a Palavra se fez homem e habitou entre nós.” João 1,14
Maria engravidou pelo ouvido, pela Palavra um dia ouvi o Rubem Alves dizer.
“O Anjo entrou onde ela estava, e disse: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor esta com você!”
Ouvindo isso, Maria ficou preocupada, e perguntava a si mesma o que a saudação queria dizer.
O Anjo disse: Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus.”  Lucas 1,28-31
Palavras que o vento leva. Estão no ar.
Palavras escritas criam raízes e dão frutos na imaginação de quem as lê.
Boas palavras penetram a alma e fazem um bem imensurável.
Palavras, pra que te quero!
Palavras, aqui te espero!
Espero por visitas. Que sejam bem vindas e deixem seus rastros, digo, seus comentários!
Dedicado com carinho aos nossos amigos seguidores e visitantes.

Artemísia e Ilana 

domingo, 29 de maio de 2011

Palavras & Palavrões -Por Mundim do Vale.

A palavra é formada pelo composto de vogais e consoantes.


A poetisa e educadora Flor das Bravas, adotou o nome PALAVRAS, para intitular o seu maravilhoso Blog.

Palavras ditas ou escritas por Artemísia ficam:

VERDADEIRAS, PEDAGOGAS E OPORTUNAS.

Palavras ditas ou escritas por alguns políticos ficam:

DUVIDOSAS, TENDENCIOSAS e INOPORTUNAS.

Quando falo ou escrevo palavras, não me levem a sério, porque pode sair dali um verso ou um causo.

Mas falando de PALAVRAS, eu vou contar uma discursão que se deu entre Chico de Munda e Assis de Pacim na terra do arroz.

Assis de Pacim dizia:

- Chico você num tem palavra.

- Pruque qui eu num tem?

- Pruque você deu a sua palavra qui ía levar o cachorro do meu pai prumode vacinar e quando acabar num levou.

- Ôxente ome! Eu inté qui fui. Mais o cacchorro do seu pai deu uma mordida neu e eu num levei mais. Mais você tombém num tem palavra não.

- Pruquê

- Pruquê você ficou de pegar a póica da minha mãe e levar pra cruzar cum o barrão de Vicente Justino e num levou.

- Deixe de bestágem Chico. Eu sou ome de palavra, quando eu cheguei na sua casa, a póica da sua mãe tava cumo bucho chei de bacurim, aí num teve mais pricisão.

A discursão proseguiu e as palavras passaram a serem palavrões, eu não posso dizer aquí quais foram, param não correr o risco das minhas palavras serem censuradas.

sábado, 28 de maio de 2011

Vida na roça

Como é bela a vida lá na roça
Na calada d'uma noite hibernal
Uma luz brilhando lá na choça
À espera da aurora matinal!

O galo canta anunciando o novo dia
De mansinho vem o sol a clarear
Com seus raios de fogo e energia
Para todo sertão se acordar.

Assim passa um dia de luta e amor.
E o sol se despedindo do sertão
Seus raios formando um leque multicor

Carregando o tempo quente de verão
E mais uma noite que chegou
Com sonhos de amor e emoção!


Francisco Gonçalves de Oliveira
http://blog-ocdc.blogspot.com


Este eu catei no Blog do Israel!
Francisco, você é um grande poeta, parabéns!
Artemísia

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O mistério da sabedoria

Na sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, penetrante, imaculado, lúcido, invulnerável, amigo do bem, agudo, livre, benéfico, amigo dos homens, estável, seguro, sereno, que tudo pode e abrange, que penetra todos os espíritos inteligentes, puros e sutilíssimos. A sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, atravessando e penetrando tudo por causa da sua pureza. A sabedoria é exalação do poder de Deus, emanação puríssima da glória Onipotente e, por isso, nada de contaminado nela se infiltra. Ela é reflexo da luz eterna, espelho nítido da atividade de Deus e imagem da sua bondade. Embora seja única, ela tudo pode. Permanece sempre a mesma, mas renova tudo, e entrando nas almas santas, através das gerações, forma os amigos de Deus e os profetas. De fato, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria. Ela é mais bela que o sol e supera todas as constelações de astros. Comparada à luz do dia, ela sai ganhando, pois a luz cede lugar à noite, mas contra a sabedoria o mal não prevalece.
                        (Sabedoria – 7,22-30)

terça-feira, 24 de maio de 2011

A Orquestra Do Sertão

Seu moço preste atenção
No que aqui vou escrever,
Quem conhece o meu sertão
Eu sei que vai entender.
Se uma mulher padece
Quando seu filho falece
As aves sofrem também.
Eu tenho no pensamento
Que amor é um sentimento
Que os pássaros também tem.
Eu olhava passarinho
Certa vez lá no sertão,
Quando encontrei um ninho
No Riacho do Feijão.
Tinha um sabiá cantando,
Mas quando me viu chegando
Voou cantando terror.
O filhote que sabia,
Avisou na sintonia
Que eu não era predador.
Depois a mãe sabiá
Tratou-me com simpatia,
Quando eu chegava por lá
Cantando me recebia,
Dessa grande afinidade,
Ficou também amizade
Que transformei em canção.
Fiz no meu peito um abrigo,
Pra levar sempre comigo
A orquestra do sertão.
Como escrevi no começo
A ave tem sentimento,
Felicidade tem preço
E tragédia tem momento.
Houve um inverno arrojado
Que o Riacho do Machado
Juntou-se com o do Feijão.
E as águas com violência,
Não respeitaram a regência
DA ORQUESTA DO SERTÃO.
Um dia eu saí de casa
Encontrei mãe sabiá,
Acenando-me com a asa
Apontando para lá.
Seu canto havia mudado,
Era um canto de finado
De maestro cabisbaixo.
Segui a mãe do amigo
Mas já pensando comigo
Na tragédia do riacho.
Com a asa me chamava
Pro Riacho do Feijão,
Quanto mais perto chegava
Mais crescia a aflição.
Chegamos onde era o ninho
E o triste passarinho
Com o seu bico apontou.
Querendo dizer no canto,
Que de quem gostava tanto
A enchente carregou.
Lá eu fiquei procurando
A moita que tinha o ninho,
Só vi água balançando
Como num redemoinho.
Foi quando eu tive a certeza,
Que a perversa correnteza
Tinha feito a maldição.
Levado pra bem distante,
Aquele novo integrante
DA ORQUESTRA DO SERTÃO


Mundim do Vale.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As aparências enganam



A sabedoria do pobre o faz andar de cabeça erguida, e lhe permite sentar-se entre os grandes. Não elogie um homem por sua beleza, nem deteste uma pessoa por sua aparência. A abelha é pequena entre os seres que voam, mas o que ela produz é o que há de mais doce. Não fique envaidecido por causa das roupas que você usa, nem se torne soberbo nos dias gloriosos, porque as obras do Senhor são admiráveis, mas permanecem ocultas aos homens.
                                                                  (Eclesiástico – 11,1-4)

Para refletir um pouco:  como anda a nossa sabedoria?!

sábado, 21 de maio de 2011

Acorda o Pedro!

Num ônibus, Av. Brasil, pleno domingo, vou ao Congresso Alfabética Rio. O meu ouvido fofoqueiro, como se fosse uma linha, estica que estica e salta para fora para ouvir o que uma passageira, sentada atrás de mim, grita a meio tom:
__Alô! Alô!
__Acorda o Pedro. Diga para ele ligar pra mim. Manda ligar a cobrar. Diz pra ele pegar o telefone do irmão. É da TIM. É mais barato.

   Minutos depois:
__Alô, acorda o Pedro agora! Ah, faz barulho, cende luz. Faz qualquer coisa, mas acorda o Pedro.
   Mais uns minutinhos e:
__Bom dia, Pedro! Você vai arrumar aquela cozinha agora!Você já acordou? Passa uma água fria no rosto e vai arrumar! As pessoas não são obrigadas a tomar café naquela bagunça. A cozinha está parecendo um chiqueiro de porco!
Quando eu voltar, vamos ter uma conversa, eu você e seus irmãos. Faz o que estou falando senão você vai se ver comigo!
    Se o Pedro limpou a cozinha ou não só Deus sabe...

                       Artemísia

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sonhando

  Vou sonhando
  Que todo homem é fiel
  Que o sol é para todos
  e a lua de alguns
  Que o vento não sopra
  somente onde quer
  Que você vem me dizer
  que sou sua mulher
  Que a chuva só cai
  onde se mais precisa
  Que a vida é uma bola
  de neve a rolar
  Que o futuro chega
  pra me consolar
  no dia e na hora
  em que você me amar.

     Artemísia

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Triângulo doido

A festa acabou
O noivo deixou
A noiva em casa
A dormir
Volta ao clube
Música a tocar
Casais a dançar
E eu a esperar
Ele chega bonito
Simpático, gentil
Dançamos
Sorrimos
Um beijinho e só
Só, fiquei.
Ele não era meu
Nem meu, nem dela
Noivado acabou
Com outra casou
Ele, ela e eu
Um triângulo
Doido, doído
Que o vento levou.
Ficou a lembrança
De uma noite no clube
Ficou a saudade
Nem amizade ficou
Nem beijo e abraço
Não vi mais o noivo
A noiva morreu
Ficou a ternura
Do beijo enganado
Do homem amado
Por duas mulheres
Que sonham
Que esperam
Que o Universo conspire
Irreal, invisível
E torne real
Um amor impossível!
 
Artemísia

terça-feira, 17 de maio de 2011

Do sobrinho Rérisson

Em resposta a poesia,
segue a minha opinião.
Que é mais uma teimosia,
do que contribuição.


Falo com propriedade
de uma gente sem igual
que cativa de verdade
e formam belo casal.


José é serenidade
Arté mostra sensatez
Arté é intensidade
José traz a altivez


Arté é a alegria
de viver e ser feliz
José traz em demasia
palavras e gestos sutis


José e sua paciência
Arté e sua lucidez
Oportuna é convivência
dos mais próximos de vocês.

É Brasil!

É Brasil!
Estou na Brasil
Em pleno domingo
Devia estar dormindo
Mas vou escutar
Acadêmicos dizer
Como alfabetizar.
Estou na Brasil
Em pleno domingo
E não estou mentindo
Vou me divertir
Com projeto e palestras
Que tenho que ouvir.
Estou na Brasil
Vendo toda a beleza
Da periferia
Mas vou com alegria
Aprender a ensinar a ler
Por este Brasil.


Artemísia

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um beijo para os nossos seguidores

Temos muito carinho por cada carinha
que nos aparece seguindo. Encontramos
Liana! Obrigada por sua presença.
Um beijo de Artemísia e Ilana para todos vocês!

Que coisa estranha

Hoje eu acordei com saudade
De coisas que eu não fiz
Do poema que não li
Do amigo que não vi
Ela só quer me dizer
Que eu preciso aprender
A sorrir ou a sofrer
A ter plena consciência
Competência e paciência
Que amanhã um novo dia
Há de renascer.

Artemísia



A vida é isso
Vai a noite
Vem o sol a brilhar
Abrem-se as cortinas
Do tempo
E pra viver
Eu invento
Outro dia
Para amar...

Artemísia

Tenho saudade

Tenho saudade 
Do sorriso tímido
Do olhar furtado
Do abraço apertado
Do carinho fingido
Do sonho acordado
Do beijo não dado
No amor perdido
Tenho saudade
Da rosa que não ganhei
Do jovem que não beijei
Do beijo que não roubei
Do amor que odiei
Como não há
O branco sem o preto
O claro sem o escuro
A noite sem o dia
O ódio sem o amor
Tristeza sem alegria
Passado sem futuro
Se presente é o que se vê
Eu preciso de você
Pra me sentir mais seguro


Artemísia

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Conhecimento De Causa

(Dedicado ao Autor)



Quando o assunto é sertão
Eu rimo e não tenho medo
Porque já furei o dedo
Em caraca de algodão.
Dancei forró de feição
Em latada no terreiro
E assisti violeiro
Se danando nos repentes,
Também escovei meus dentes
Com raspa de juazeiro.

O sertão é um lugar
Completo de inspiração
Em cada canto do chão
Tem um tema pra rimar.
Foi lá no grupo escolar
Que na minha vez primeira
Fiz versos de brincadeira
Para minha professora.
E a boa educadora
Era Maria Vieira.

Lá no sertão meu padrinho
Certa vez me abençoou
E no momento falou:
- Deus lhe dê um bom vizinho!
Eu recebi com carinho
E Deus também atendeu
Porque no caminho meu
Todo vizinho é amigo.
Assim eu trago comigo
A bênção que ele me deu.

Cheguei a participar
Das apanhas de arroz
Comendo baião de dois
E arroz doce no jantar.
Também cheguei a furtar
O santo de uma vizinha
Porque a chuva não vinha
Para o legume nascer.
Depois pegou a chover
E nem plantação eu tinha.

Quando foi pra caminhar
O freio foi minha testa
Mas eu fazia uma festa
Se saísse do lugar.
Para aprender a nadar
No Riacho do Feijão
Meu curso de natação
Foi tronco de bananeira.
Eu colocava em fileira
E amarrava com um cordão.

O Padim Ciço Romão
Não cheguei a conhecer
Mas nunca fui de perder
O começo da missão.
Eu via Frei Damião
Naquele seu caminhar
Andando bem devagar
Abençoando meu povo.
E eu de sapato novo
Querendo lhe acompanhar.

No sertão eu fiz gaiola
Com talo de macambira
Comi pirão de traíra
E ouvi som de viola.
Fiz alpercata de sola
Pra no domingo ir a feira
Descendo pela ribeira
Vendo o sol aparecer,
Brincando de se esconder
Nas folhas da aroeira.

Lá eu fiz cerca de vara
Tomei água de cabaça
Me intoxiquei com fumaça
Quando queimava coivara.
Nas noites de lua clara
Eu ficava na calçada
Prosando com a moçada
Atrás de arranjar xodó.
Mas sempre ficava só
E os outros com namorada.

Eu rimo uma rezadeira
Com o ramo bento na mão
E rimo a fé do cristão
Levando o pau da bandeira.
Rimo a cabocla faceira
Que passa no rebolado
Mas como tem namorado
Ninguém vai mexer com ela,
Pra não haver sentinela
Nem homem virar finado.

Meu transporte era jumento
O acento era cangalha
Meu chapéu era de palha
E a brisa só do vento.
Eu vivia cem por cento
Gostando do meu lugar,
Tinha açude pra nadar
Que era a minha vaidade.
Mas eu ia na cidade
Pra rezar missa e votar.

Foi meu pai lá no sertão
Que me ensinou a verdade
Da arte da humildade
E do valor do perdão.
Se não guardei a lição
É porque fui displicente
Mas é sempre o pai da gente
O primeiro educador.
E como bom professor
O meu pai foi paciente.

Eu só deixei o torrão
A procura do espaço
Mas hoje um verso que faço
Tem tudo com meu sertão.
Eu rimo a sombra do oitão,
A copa do cajueiro,
A chuva de fevereiro,
A alegria do gado
E o canto improvisado
De um aboio de vaqueiro.

Quando o dia amanhecia
Uma sabiá cantava
E mamãe se levantava
Me desejando bom dia.
No mesmo instante eu dizia:
- A bênção mamãe querida,
Já vai começar a lida?
E aquela santa pequena
Dizia com voz serena:
- Deus proteja a sua vida.

 Se houver reencarnação
Como já ouvi falar,
Vou querer reencarnar
Nas quebradas do sertão.
Quero ver num barracão
Uma festa de reisado
Com o boi todo enfeitado
E a pinta botando um ovo.
Quero ver todo o meu povo
Pra me lembrar do passado.


Mundim do Vale
Várzea Alegre-Ce

domingo, 8 de maio de 2011

Queridas Mães De Antigamente:


Pra lembrar, e rir......

Coisas que nossas mães diziam e faziam...

Era uma forma, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a seqüestrar a mãe, não nos aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, nem saímos matando os outros por ai, etc...
Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"
Minha mãe me ensinou a RETIDÃO...
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"
Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"
Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"
Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VOCÊ CHORAR!"
Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
" FECHA A BOCA E COME!"
Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"
Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..."
Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"
Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"
Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"
Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"
Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"
Minha mãe me ensinou a não querer bolo...
"Venha aqui para eu te dar seis "bolos" nas mãos."
Minha Mãe me ensinou sobre a
SABEDORIA DE IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."
Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"
Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"
Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"
Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"
Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"
Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOQUO...
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"
Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"
Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"
Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."
Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"
Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

Minha mãe ensinou-me todas essas coisas, mas fui ao Blog de Israel e surrupiei!

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe


Mãe, eu não queria chorar,
mas ao olhar o teu silêncio
uma lágrima escapou.
Não pude contê-la.
Ouvi o teu sorriso.
Vi o teu olhar.
Mãe, não precisa falar.
Embora sendo igual a toda mãe,
és única para cada um dos teus onze filhos,
como é única cada Mãe!
Obrigada, Mãe, por você existir,
nos amar, nos conduzir ao que hoje somos.
Parabéns mais uma vez a quem deu à Luz
 o fruto do seu amor ou da sua dor.
 Amem!


Artemísia

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ah como eu queria

Saudade com felicidade
Lembrança com esperança
Experiência com sapiência
Filosofia com sabedoria
Sentimento pensamento
Coração paixão ilusão perdão
Amor dor rancor
Lealdade fidelidade liberdade
Ah como eu queria
Brincar com as palavras
Como se poeta fosse
Dizer o que gostaria
Sem ferir, sem magoar 
Traduzir em sentimento
Todo o meu pensamento
A alma desnudar
Ah como eu queria
Brincar com a poesia
Como se palavra fosse
Mostrar que entenderia
O jeito do outro ser
Não como eu gostaria
Que fosse
Seja apenas o que é
Dentro do meu possível
Entendimento fiel
Amá-lo, mais nada
Exigir, fingir, fugir
Amá-lo sempre
Mais nada fingir
Fugir, exigir amá-lo
Mais nada!


Artemísia




quarta-feira, 4 de maio de 2011

Medo - Sávio Pinheiro


O medo é um temor que eu temo tanto,
O qual me dá terror quando há tormento,
E usando o meu mais triste sentimento
Conduzo o meu cantar a um triste canto.

Sentindo uma agonia, eu me levanto
Com medo de viver um vão momento,
E vendo o meu pavor soprar ao vento
Eu colho uma aflição da qual me espanto.

Da morte, que é fatal, não sinto medo!
Nem mesmo, ela chegando bem mais cedo,
Pois vejo, o fim da vida, algo banal.

Porém, da dor insana, mais frequente!
Eu sinto um medo forte, internamente,
Um medo quase fora do normal.

Mataram Um De Vara

Fiz outra busca no meu arquivo e encontrei esse causo que mexe com a sua família.


Não me lembro o dia nem o mês, mas foi no ano de 1967, que meu primo Cascudo saiu da Vazante para a cidade, onde foi fazer umas compras. No retorno ele chegou com a expressão de espanto e falou cortando a voz trêmula:
- Tia Izaura. MATARAM UM DE VARA!
Tia Izaura tão espantada quanto ele perguntou:
- Que história é essa Joaquim?
- Pois é. Eu ia passando ali na barbearia de Vicente Cesário e tava Seu Fático, Seu Acelino e Zé Teixeira conversando, aí eu escutei quando eles disseram:
- MATARAM UM DE VARA.
- Pois você cale sua boca, que eles são ricos e você é pobre. Se o delegado mandar lhe chamar pra ser testemunha, vai lhe açoitar até você dizer quem foi que matou o homem.
Cascudo deixou as compras na mesa e correu para serra do Gravié.
Logo depois Dr. Antônio Sátiro chegou e tia Izaura perguntou:
- Antônio. Que conversa é essa que Joaquim de Vicente Piau chegou contando? Ele disse que MATARAM UM DE VARA.
- Não mataram ninguém de vara não, Izaura. O que aconteceu foi que assassinaram o guerrilheiro Hernesto “ Che Guevara” Mas isso foi no estrangeiro lá pras bandas de Cuba.
- Pois é pior ainda. Se levarem Joaquim pra lá, vão dar um fim nele.
Até encontrarem Cascudo. Foi três dias que ele passou com fome e sede na serra do Gravié.
Mundim do Vale.

O Alegre Regresso

(Inspirado na Triste Partida-Patativa do Assaré)
Quem vive distante, da terra querida,
Só pensa na vida
Em um dia voltar.
E assim vai pensando, o pobre migrante,
Que como um errante
Deixou seu lugar.
Aquele imigrante fugiu da estiagem,
Lavando coragem
Faltando alegria.
Levava na mente, saudade e lembrança,
Com a firme esperança
De voltar um dia.
Chegando em São Paulo, começa o chamego
Procura um emprego
E não passa no teste.
Até que a indústria, enxerga o valor,
De um lutador
Do seco nordeste.
Depois de empregado, ele sai da pendanga
E se livra da canga
Que prende o roceiro.
E o forte caboclo, pensando em voltar,
Começa a guardar
Seu pouco dinheiro.
Escuta no rádio, notícia do Leste,
Depois do Nordeste
E presta atenção.
O locutor fala, da chuva molhando,
E o povo plantando
No verde sertão.
Naquele momento, o bom sertanejo,
Sentiu o desejo
De não ficar lá.
Fez uma promessa, com Frei Damião,
Para o mês de São João
No seu Ceará.
Juntou a família, E disse seguro:
- O nosso futuro
Não é mais aqui.
Já tem no sertão, legume nascendo,
Nós vamos correndo
Para o Cariri.
Eu vendo o barraco, o rádio, o bujão,
A mesa e o fogão
Pra nós viajar.
Nós vamos de ônibus, Até Juazeiro,
No dia primeiro
Nós vamos chegar.
A filha mais nova, pegou a falar:
- Eu quero aguar
Meu pé de roseira.
O filho mais velho pulou de alegria,
Dizendo que ia
Domingo pra feira.
Olhando a estrada, lembrou-se da ida,
Da triste partida
Cantada em verso.
Chegando ao sertão, ele faz uma prece,
E a Deus agradece
O alegre regresso.
Já no seu terreno, avista a casinha,
E vê na cozinha
O carro de mão.
Na parede da sala, encontra pregado,
O quadro arranhado
De Frei Damião.
Olhou para o quadro e fez um pedido:
- Meu santo querido!
Meu Frei Damião.
Dê fé e coragem, ao homem da roça,
Para que ele possa
Viver no sertão.
O gato Mimi, do mato correu,
Foi quem recebeu
A sua Cecília.
E a bela roseira, coberta de flor,
Recebeu com amor
Aquela família.
Mundim do Vale