Bota a bota no pé e vai...
Eram vinte horas do dia vinte e dois de julho de dois mil e onze. Botamos as botas nos pés e fomos à Rodoviária de Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, esperar a boa vontade de quem não vem. Esperamos até meia noite o ônibus que nos levaria a São Paulo.Esperamos sentados, porque em pé cansa! Enfim, chega o ônibus, lá vão as botas, pé ante pé, subindo para se acomodarem e seguirem viagem. Seis horas de viagem. Chegamos a Tietê. Ou é ao Tietê? Deixa pra lá! Chegamos à Rodoviária do Tietê. O que dá no mesmo. Nosso destino, que não era final. De lá pegamos outra condução para São Bernardo do Campo e mais outra para o destino final, Jardim do Lago, Ipê, Detroit... Quanto Jardim tem São Bernardo!
E a bota no pé!
Largamos a bagagem num canto, tomamos café e todo trajeto de volta com destino ao Museu da Língua Portuguesa. Foram horas de muito prazer. Vimos e ouvimos belos poemas. E muita informação a respeito da nossa “inculta e bela última Flor do Lácio”!
E a bota no pé!
Nosso guia turístico era o Ikaro, não o das asas de cera, mas de igual tranquilidade. Retornamos a São Bernardo exatamente às dezenove horas. Quase vinte e quatro horas de bota no pé. Andar, já não se agüentava mais. Embora sendo a bota hiper-confortável, nem vou dizer a marca para não pensarem que temos dinheiro, foi cansativo.
O grupo tranquilo. Ninguém reclamou. A bota ia levando o pé que já não andava. Eram três as meninas de bota. Porque São Paulo estava muito frio, foram elegantemente de bota de cano longo, salto baixo ou médio, mas foram.
No domingo, reunião familiar na casa do Ikaro, para aquele almoço delicioso. Segunda feira, Rua Vinte e Cinco de Março, almoço, Tietê, Rio de Janeiro, casa, cama e bom descanso, porque merecemos!
Com sincero agradecimento ao menino sem asas, mas de muito boa vontade, Ikaro Nikaell.
E a paciência dos acompanhantes: Ilana, Andressa, Francelino e a criança mais jovem, José Bezerra.
Artemísia
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