Moramos em um bairro tranqüilo, onde as pessoas ainda se sentam pelas calçadas para conversar. Em frente fica uma praça onde há um campo de futebol e uma Escola Pública. Durante a semana há movimento, alunos passam, rapazes jogam bola. Ao lado, o Bar do Mário, onde há sempre pessoas jogando cartas, papeando, tomando uma cervejinha. Mas nessa noite, de clima ameno de primavera, a rotina foi outra. É sábado, não há alunos, nem cartas no Mário. O Bar está fechado? Talvez! Passam das dez horas, o silêncio é total e absoluto, mas de repente uns tiros como se fossem fogos. Não eram fogos. Não sabemos identificar que tipo de arma faz um barulho daqueles.
Olha-se por cima do muro, meio escondidos, para ver o que esta lá fora, na Praça. Passam dois carros. Param, pessoas entram e vão, mas voltam. Há um terceiro carro parado, que disparou seu alarme na hora do tiroteio. Este carro é arrombado a pedrada. O alarme novamente dispara, mas logo é silenciado. Retiram dele alguns objetos, inclusive o estepe que levam para o outro carro que está bem próximo. Quem eram essas pessoas? O que faziam, é um enigma. Não se sabe.
Quatro indivíduos, vestidos como gatos na noite. Não dizem que todo gato de noite é pardo? Roupas escuras, azuis, pretas, cinzas... Não identificamos a cor. Era tom escuro. Seriam policiais ou bandidos?! Não saímos do nosso canto para verificar de perto porque nunca se sabe o que está acontecendo.
Uma das curiosas ainda lamente: “defunto que é bom não tem!” Cruzes! Que é isso, menina?
Não, não vimos se havia morto. Ficamos só na curiosidade para saber o que estava acontecendo na tão sossegada praça.
Com certeza as conversas surgirão e todas as hipóteses serão levantadas, mas o que realmente houve lá é um enigma.
Nessa noite perdi o Zorra Total. O Brasil se prepara para o futebol feminino contra o Canadá, são os jogos do Pan-Americano. E eu vou dormir. A rua no seu silêncio e alguns curiosos na esquina.
Amanhece o dia como de costume. Um silêncio que só é cortado pelo canto dos passarinhos que vêm fazer a sua alvorada.
Levanto-me, vou direto olhar a Praça. Não há nada! Até o carro cujo alarme disparou, não está mais lá. Fora levado para onde? Terão incendiado? Nada se sabe, faz parte!
Quanto à teoria do gato pardo de noite, isso era no tempo em que não havia energia elétrica, porque bem na hora de todo esse movimento um gatinho cruzou a rua e ele era bem branquinho. Não tinha como confundir. Ele não era pardo.
Ai meu Deus, que medo! Nenhuma notícia sobro o ocorrido?
ResponderExcluirOlá, Talita, você sempre trazendo belas mensagens para nos enriquecer.
ResponderExcluirOi, Andressa, até agora nenhuma informação, graças a Deus!
ResponderExcluirUm abraço.