”que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”
Vinícius de Moraes
Estes meus três amores são eternos, belos e infinitos para sempre!
A um, jurei fidelidade até que a morte nos separe, perante testemunhas. Aos outros, sem testemunha ou juramento também serei fiel porque os amo.
O primeiro é amor-amigo-companheiro-confidente-equilíbrio-administrador-conselheiro-supervisor dos meus atos, na Praça, no Ginásio, no Recreio Social, na vida, grande profeta.
O segundo é amor-amigo-defensor-companheiro de festas no Recreio Social e bate-papo na Praça, grande poeta e contador de causos.
O terceiro é amor-amigo-companheiro de horas vagas na sala de aula, no Ginásio, na praça, exímio leitor e grande poeta declamador para quem ficasse a apreciá-lo.
Isso está parecendo a Terezinha de Jesus, só que os meus três amores são pessoas reais.
Três filósofos que tenho na minha memória e não deixo que as marcas do tempo apaguem.
Com os três, muito do que sei, aprendi.
Aprendi a rir de mim, a gostar de ler e a respeitar mais o meu semelhante.
Três amores que talvez não saibam quanto bem me fizeram, porém se não os esqueci depois de tanto tempo é porque me deixaram marcas indeléveis.
Falei que não havia testemunhas para provar, nem juramentos a cumprir, mas havia amigas que me acompanhavam e sabem que não minto. Aliás, após a teimosia, esta é a minha maior virtude.
Preciso falar quem são estes três? Não está evidente em meu jeito de ser e de viver?
São três pessoas entre as muitas das quais guardo no meu coração.
Tanto absorvi deles que não acredito ser necessário expô-los. Basta observar a minha memória, meu viver, minha cultura e logo saberão.
São amores da Praça (hoje Praça dos Motoristas), do Ginásio e do Recreio Social de Várzea Alegre.
(aos meus três amores: José Bezerra, Raimundinho Piau e Aldenísio Correia)