Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Como foi a sua formação de leitor?



Histórias, histórias, estórias... Contadas sempre me seduziram, mas a minha formação como leitora teve início na adolescência, na sétima série precisamente.
          O cenário podia ser a sala de aula ou o banco da praça da cidadezinha onde morava. A companhia. Ah, a companhia, o meu leitor. Era um jovem poeta, sobrinho de um padre escritor. O meu leitor me seduzia mais que Sherazade ao Sultão. Declamador das poesias de Patativa do Assaré, grande contador de causos. Leitor de todos os gêneros. Foi com ele que conheci Fernão Capelo Gaivota, Helena, Dom Casmurro e aprendi a perguntar Eram os Deuses Astronautas? Eu fascinada por seu modo de falar. Piadas, poesias ou histórias que saíam de sua boca pareciam me encantar e eu tinha de dar o meu jeito para conseguir ler o que ele indicava. Quanto livro me emprestou! Li de tudo, não para igualar-me a ele porque apesar de termos a mesma idade ia ele já avançado, mas para aprender a ser melhor leitora. Acredito que, como Fernão Capelo Gaivota, continuo na busca da perfeição dos meus voos literários! Meu poeta cuja voz ecoa em meus ouvidos, perdi de vista, mas não o esqueci.
          Mexem com nossa memória, nos faz voltar no tempo e é uma loucura revisitar cada cantinho do nosso cérebro em busca das aventuras literárias...
... No meu Baú encontrei as Cantorias, os Violeiros Repentistas que meu pai tanto apreciava. Canções, martelo agalopado, martelo à beira-mar, mourão voltado... Um verdadeiro Cordel Encantado! É a cultura mais popular do Nordeste Brasileiro. Nasci com esta Literatura presente em minha vida!

2 comentários:

  1. Eh...

    Artemísia:

    É realmente uma volta as origens, Minha adolescência na zona rural tem tudo a ver com a tua.

    Fui muito ligado a cantadores e repentistas. Era capaz de virar uma noite inteira ao pé de um violeiro em uma casa qualquer do sítio.

    Também gostei muito de dançar côco e forró de latada, onde um sanfoneiro ruim acompanhado por um cantador também ruim era o máximo, pois o que importava mesmo era o batuque a a alegria contagiante dos presentes. A poeira levantava, mas ninguém amanhecia doente. Alguns se dedicavam em ver quem dançava melhor ou pior, e isto se tornava o assunto da semana seguinte.

    Ah... que saudades dos meus tempos de criança, de menino e de adolescente.

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    1. Vicente, isso tudo é por conta de um curso que estou fazendo: Leitura e Formação de Leitores. Somos convidados a revisitar as nossas memórias literárias!

      Obrigada por sua visita!

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