Palavras de amor, palavras de afeto, palavras de alegria, palavras de amizade, palavras de carinho. São tantas palavras... Palavras, palavras...


sábado, 30 de abril de 2011

Mãe, palavra sem rima

Uma mãe é tão divina,
Que a própria rima ensina
Que só existe uma mãe.
Uma mãe rima não tem,
Pois a mãe só rima bem
Se a rima for mãe com mãe.


Helder França e Raimundinho

COMO NASCE UMA AMIZADE

 
Chegou na minha cidade
Uma garota faceira,
Que vinha lá da ribeira
Trazendo felicidade.
Eu disse com vaidade:
- Não pense que é desaforo,
Tu é um rico tesouro,
De um bom conta de fada.
Merece ser bem cuidada
Como um pacote de ouro.

A garota destemida
Me respondeu mesmo assim:
- Te orienta Raimundim
Que eu não sou convencida.
Nesses meus anos de vida
Nunca pensei em namoro,
Não sou pacote de ouro
E nem um conte de fada.
Fiquei muito embaraçada
Com esse seu desaforo.

- Garota não leve a mal
A minha indilicadeza,
Eu lhe juro com certeza
Que não foi intencional.
Acho muito natural
Um elogío a alguém,
Mostrando tudo que tem
Seu uzar de ironia.
Pois eu conduzo alegria
Sou mensageiro da paz.

- Eu recebo, meu amigo!
Seu pedido de perdão,
Também não tive intenção
De ser grosseira consigo.
Meu coração é um abrigo
Que tem a capacidade,
De acolher felicidade
E o seu forte argumento.
A partir desse momento
Você tem minha amizade.

Mundim do Vale.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Às Mães

A criança convivia com a mãe, do lar e com ela aprendia a ser do lar e de outros lugares também...
Hoje, a mãe, do lar e de outros lugares também, não tem o mesmo tempo e disposição para brincar, ensinando aos filhos e principalmente às filhas, modos, valores, etiquetas, ética e estética.
Era no lar, primeiro mundo da criança, que ela aprendia as lições de cidadania.
A criança pobre não tem a mãe a lhe ensinar por ser ocupada demais. Em contrapartida, as mães ricas não têm os seus filhos para ensinar por estarem ocupados demais.
A vida é cruel ou tornamo-nos insensíveis ao que é simples e belo?
O segredo é pensar na vida que escolhemos para nós. Tempo é questão de opção. Busquemos um pouco de paz e lá encontramos o segredo da vida feliz.
Rica ou pobre, cada uma do seu jeito, escolha o simples abraço de uma criança e perceba a grandeza de Deus.
Mãe, ame seus filhos e filhas. São uma dádiva do Criador para nós, mulheres!

                                Dedicado a quem é, a quem tem e a quem será mãe!
                                                                          Artemísia

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Foi Assim PÔÔÔÔ!

                                
              Pedrinho de Hermínia, um  excelente  motorista é também um eterno gozador. É impressionante a facilidade que  ele tem para contar piadas, imitando as vozes dos personagens.

              Numa ocasião em que Pedrinho trabalhava como motorista do caminhão  do  depósito  de  Sinval  Bilica, deu  um  prego  de  pneu  no município  de  Farias Brito. Pedrinho  logo procurou o pneu de reserva, mas notou que não tinha. O jeito  foi tentar se comunicar com o patrão. Ligou   para  o   telefone  do   depósito,  ele  não  estava,  ligou  para  a residência  ele  também  não estava, tentou o celular, deu fora de área. O motorista   começava  a  se aborrecer quando tentou novamente o celular, que desta vez atendeu e houve o seguinte diálogo:

              - Alô?

                           - Sinval!

                             - Oi.
              - Aqui é Pedrinho.

              - Diga Pedrinho.

                            - Eu tou no prego.

                            - E o que foi que aconteceu?
                                      
              - Papocou um pneu.
                                         
              - E como foi isso?
                                          
              - Foi assim ; PÔÔÔÔ!                   
                                       
Contribuição de Mundim do Vale

                                   



        

                                   

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Bar Da Macaca

  

  Certa vez chegou um circo em Várzea Alegre, que tinha como principal atração uma macaca gorila. Um dia lá a macaca escapou da jaula e saiu pela cidade acompanhada de algumas crianças. Chegando na Av. Getúlio Vargas, outros meninos que estavam brincando no calçadão também seguiram o animal. Quando já tinha em torno de quarenta garotos a macaca inventou de entrar no bar de Joaquim Orelha. Aí foi um Deus nos acuda. Uma ratoeira desarmou-se pegando o dedo da macaca que deixou ela enfurecida. A macaca ficou com a macaca. Quebrou cadeiras, mesas, garrafas e ainda jogou as bolas da sinuca na cabeça do neguinho de João Lopes.  Depois se acalmou um pouco e se comportou com generosidade abrindo coca-cola e distribuindo para a meninada.
Mandaram chamar o proprietário no mercado quando ele chegou foi quase louco, queria porque queria pegar a macaca.
Nesse momento chegava a imprensa para fazer a cobertura da matéria, quando o repórter Pedro Jorge chamou a atenção do proprietário:
- Não adianta Seu Joaquim. Para se pegar um animal desses tem que atrair ela com bananas e em seguida jogar um pneu para laçar.
- E adondé qui eu vou arrumar um pneu?
Um dos garotos que tinha sido contemplado com uma coca-cola e uma broa resolveu trair a macaca:
- Eu sei quem é qui tem um pneu. É Punduru.
- Apois    e  diga  a  ele  qui  eu mandei dizer qui ele viesse trazendo  o  pneu  pra  nós  pegar  essa  condenada, antes qui ela faça eu voltar pra roça.
Quando Punduru chegou foi trazendo um pneu de lambreta.
Joaquim orelha mal agradecido Disse:
- Arre égua Punduru!  Cuma é qui nós ramo laçar essa bicha desse tamãe, cum um pneu do tamãe duma liança?
Punduru falou igual a mãe de anão:
- É pequeno mais é meu! E quer saber duma coisa? Eu num vou ajudar a pegar macaca mais não, eu num sou dono de circo nem bar.
Nessa hora como o movimento já tava muito grande, a macaca notou que tinha sido traída por um aliado e não deixou mais nada inteiro, depois que ela quebrou tudo, sentou-se no balcão, cruzou as pernas e acendeu um cigarro Mistral para relaxar.
Foi nesse momento que chegaram os funcionários do circo com um cacho de bananas e uma rede de nylon para imobilizar o animal. Na saída do bar a macaca ainda se virou e deu tchau para a meninada.
Depois desse acontecimento o estabelecimento ficou sendo chamado de: BAR DA MACACA,

(Mundim do Vale)

Morreu, Depois Dismorreu.

                 
Um  certo  dia vinha da  Santa Rosa,  Osmundo Fiúza,  Aberto  Siebra, e  Zé de Bogim,  quando  descia  a ladeira da  Betanha,  Vicente  Custódio  vinha  numa bicicleta. Vicente perdeu o controle e pegou  Osmundo  de  cheio. Caiu Vicente caiu  Osmundo e a bicicleta ficou com os pneus pra cima que rodaram por mais de 15 minutos. Levaram  Osmundo para sua casa na antiga rua do Juazeiro em estado  de  morto.  Chegando   foi  aquele corre-corre. Chamaram Dr. Lemos que foi logo categórico: -  É óbito!  A  comoção foi  geral. Era choro, vela acesa,
recado  para  parentes, carpinteiro  tirando  as  medidas para o caixão e a casa
totalmente  cheia.
Osmundo por sua vez dava notícia de tudo mas não podia piscar um olho, nem
levantar  um braço.  Eu  não  sei  como  isso pode acontecer, mas quem sabe a medicina não tenha uma explicação.  Ou  talvez  o próprio Osmundo que hoje é
espírita  kardecista encontre a resposta lá na sua doutrina.
Depois  de  três  horas  de  muita aflição, chegou  Dona  Zulmira  para rezar um
terço.  Todos  os  presentes  ficaram  de  joelhos com a cabeça baixa para orar.
Foi nesse momento que o suposto finado foi ficando  corado e de repente pulou da cama e foi ficar de joelhos do  lado de  Dona  Dozinha  com as mãos postas.
Foi aí que o tempo fechou,  correu  Ana Alves, Vicença Félix,  Manoel Martins e
outros. Quando  Belizário  correu a porta já estava cheia e ele teve que pular a
janela,  em  seguida  subiu  a  ladeira,  pegou a  rua  Major Joaquim Alves mais ligeiro do que fogo de broca quando tem aceiro mal feito.
Zé Teixeira quando viu aquele desespero perguntou:
- O que foi que houve Belizário?
- Foi Osmundo Fiúza qui morreu e adispois dismorreu!


Dedico a meu grande amigo  Osmundo Fiúza, que  está aí vivinho da silva para confirmar o meu causo.

Mundim do Vale.   

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A mala


Minha irmã Francisca, meiga, mansa, boa como uma samaritana, foi passear em Fortaleza. Noiva. Foi ao encontro do querido que lá residia com a família.
 Pobre, humilde, mas uma jóia de garota.
Sempre tivemos o mesmo porte, praticamente o mesmo corpo.
Dividíamos ou somávamos nossas roupas.
Escolheu as melhores, dentre as que tínhamos e viajou.
Ficou uma semana. Divertiu-se. Curtiu praia, cinema e tudo mais que a Capital e o noivo pode oferecer. Foi um passeio maravilhoso, daqueles que se guardam na memória para contar aos netos. Tudo teria sido perfeito, não fosse a mala. Pois é. Quem diria uma simples mala estragar um passeio! Não digo o passeio, mas as recordações que deveriam ser para sempre, marcando um período em sua vida. Marcou. Não como ela gostaria que fosse. Vejam o que a vida reservou à pobre turista. Passeios, brincadeiras, diversões. A volta. Ela e o noivo tomaram um táxi que os levou à Rodoviária. Ela empolgada com o passeio, sem o hábito de viajar. O noivo experiente, vivendo na Capital. Simplesmente esqueceram a mala. Isso mesmo. Chegaram à Rodoviária de onde ela seguiria para o interior, esqueceram a mala no táxi!
Como recuperar uma mala que se vai com o taxista numa cidade grande? Talvez hoje, na era de tantos e tão modernos meios de comunicação, mas há mais de trinta anos, era impossível!
Perdemos, ela e eu, nossas melhores roupas que não serviam para o taxista. Vender, não tinha valor. Usar, não sei o seu porte, seu estilo...
Perdemos os objetos com a mala, mas erguemos a cabeça e fomos à luta conquistar novas tranqueiras. Não choramos. Chorar não resolve certas situações, mas ainda lembramos dos vestidinhos que se foram com a mala.

Artemísia

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Gata Macaca

O grande Ariano Suassuna escreveu sobre uma gata que descomia dinheiro...
Um filósofo afirmava que “há mais coisas entre o Céu e a Terra do que possa imaginar nossa vã Filosofia”...
Hoje, numa reunião de professores que trabalham com o Projeto Autonomia Carioca, ouvi de uma Professora a seguinte estória que tem como personagens seus filhos, Bruno e Marcelo e uma gata. Calma, não comecem a pensar bobagens!
Certo dia, Bruno passando na rua encontra uma gatinha preta, sapeca, porém de uma personalidade um tanto estranha para a sua espécie. Firme em seu propósito de gata ajoelhou-se diante dele como que a pedir-lhe: ”leve-me para sua companhia”. Acolheu. Deu casa, comida e carinho. Virou a rainha da casa, metidona. Nem sai pra rua. É chamada de Macaca, não por sua cor preta, mas porque gosta muito de pular.
Uma vez fugiu de casa, voltou prenha. Teve apenas um filhote, mãe desnaturada, não amamentava. O filhote morreu.
Há na casa de Bruno uma máquina de lavar louças. Atrás da máquina fica uma imagem do Preto Velho, onde em oferenda é colocada uma taça de vinho.
A bendita Macaca com a macaca em reviravolta atrás da máquina encontra o vinho... E bebe!
Ninguém sabe do seu vício até que a encontra convulsionando. Leva ao Dr. Tamanha foi a surpresa. A Macaca estava alcoolizada.
Se tudo isso não bastasse por sua estranheza, vejam como é esquisito o mundo animal. Bruno acolheu a Macaca que acolheu o Marcelo. Sente-se triste e chora quando ele adoece.

Dedicada, com carinho, a Bruno, Marcelo e Syldéa.

Artemísia




segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Soneto Não me esqueço Mais"




Eu me esqueci por lembrar só de você
Mas reconheço devo pensar mais em mim
Por causa disso vejo nosso amor morrer
Qualquer amor sem carinho chega ao fim

Sei que não devo mais viver só por viver
Sem alegria, pois não pode ser assim
Quem neste mundo vive pra satisfazer
Não satisfaz e acaba sendo ruim

Por isso agora, faço o que me satisfaz
Não importa se vai agradar alguém
Eu me esqueci, mas não esqueço mais

Pois sou aquele a quem mais eu quero bem
Tudo que fiz, sei que ficou para trás
Não lembram mais foi esquecido também
 
Joaquim de Souza Sobrinho
(Cuíca)
 
 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um sobrinho pra lá de esperto


Certa vez a minha irmã, Ana, chegou cansada do trabalho, de uma das jornadas triplas que mulher tem e encontrou a casa em verdadeiro caos. Muita sujeira. Ela sempre foi muito cuidadosa com o ambiente familiar. Lugar sagrado. Lugar de higiene. Quando ela viu toda aquela sujeira, perguntou ao filho, Airton, o que aquilo significava. Ele respondeu sem pestanejar: “mamãe, eu não posso soltar bomba na rua porque os vizinhos reclamam, o jeito que tem é soltar dentro de casa.
Artemísia

sábado, 9 de abril de 2011

...sou eu!



   
Que você me diz de um namorado que oferece uma foto ao seu amor? Hoje, na era das mais avançadas tecnologias, ninguém mais atenta para estas coisas simples, graciosas e grandiosas de ontem. Oferecer uma foto ou receber uma do seu amor era prova da mais sincera amizade nutrida entre os dois. Pelo menos era o que se sonhava, que no mínimo havia uma troca, um gesto, uma cordialidade, uma lembrança.
Quem nasceu um pouquinho atrás, lá no século passado, sabe do que estou falando. Do prazer que era olhar aquela foto, na fossa e saber que amava alguém ou era amada. Mas à vezes não é tão simples assim. Quando o broto (broto, é o novo!) chega com uma foto, ele e uma bicicleta e fala pra você: “Este da bicicreta sou eu”!
HÃ?! Não sei como me comportaria diante de um analfabeto que no mínimo estava me fazendo de idiota.
Ele e bicicreta seriam chutados pro alto na mesma hora. E foi isso que ela fez com toda sua meiguice.

Carinhosamente, dedicado àquela que escapou da queda da bicicreta.
Artemísia


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Festa de Arromba!

Dedicado à Drª Socorrinha
Minha irmã caçula, na sua adolescência, vai a uma festinha. Havia muita festa boa pelos Sítios, casamento, São João e Leilões por volta dos anos setenta e oitenta. Numa dessas festas ela  encotra um jovem cavalheiro. O tal  a chama para dançar.  Ela vai. Terminada a dança, o caboco diz: - Rami Ôta? E ela responde: - Rami Não!
Depois dessa, o namoro acabou, ou melhor, nem começou!

Com um beijo!
Bibi