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quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Luz dos Encarcerados

Amor e fraternidade
Viajam do mesmo lado
Em busca de humanidade
Para o homem encarcerado.
Resgatar o cidadão,
Das grades de uma prisão
Em campanha social.
É papel de educador,
De juiz, de promotor
E a igreja pastoral.

O preso recuperado
Esbarra na rejeição
Continua condenado
Mesmo longe da prisão.
Enfrenta mais uma grade
Da fria sociedade.
Que lhe nega a acolhida.
É o mal do preconceito
O homem sem ser aceito
Depois da pena cumprida.

Depois que o encarcerado
Se liberta da corrente
Encontra o fardo pesado
Do preconceito inclemente.
Uma nova reclusão
Nas grades da omissão
E a falta de caridade.
Só mesmo com a campanha
O encarcerado ganha
Um passo pra liberdade.

Quem viveu trancafiado
Na mazela da prisão
Depois de recuperado
Merece ser cidadão.
Deve encontrar seu lugar
Pra viver e trabalhar
Sem corrente nem grilhões
Uma luz na porta aberta
Porque Cristo é quem liberta
De preconceito e prisões.

O velho código penal
Já se acha ultrapassado
Não tem amparo legal
Pra reger um magistrado.
O poder legislativo
Precisa ser mais ativo
Com a lei judiciária.
Esquecer reeleição,
Pensar na renovação
Da política carcerária.

Cadeia é pra punir
E não para maltratar
Foi feita pra corrigir
Mas nunca para matar.
No sufoco da prisão
Cristo dá sua atenção
Aos que estão isolados.
Jesus Cristo é liberdade,
Amor e fraternidade
É LUZ DOS ENCARCERADOS.
                                 
Mundim do vale
27-02-97

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